Uma das principais atrações do Parque é a riqueza de sua vegetação indígena. Aqui encontra-se um dos raros exemplos de maquis mediterrânicos em Portugal, e a sua preservação foi uma das razões que levaram a zona da Arrábida a ser considerada uma verdadeira relíquia científica internacional. De forma a preservar estas espécies vegetais, só é possível visitar determinadas áreas quando acompanhadas por um guia oficial indicado pelos serviços do Parque. Existem também várias empresas credenciadas que organizam atividades radicais, como espeleologia, mergulho e montanhismo.

Se quiser saber mais sobre a vida animal e vegetal, visite o Museu Oceanográfico, instalado no Forte de Nossa Senhora da Arrábida, junto à praia do Portinho. Quase em frente, é possível avistar a Pedra da Anixa, uma pequena ilha que constitui uma reserva zoológica, devido à sua vegetação submarina.

Além da Serra da Arrábida, o Parque também inclui outras serras como a Serra do Risco, que contém o pico mais alto da costa continental portuguesa - é uma magnífica falésia com 380 m de altura, que domina o mar, onde é possível apreciar uma inesquecível vista panorâmica sobre o Atlântico.

A ação do mar contra a serra deu origem a uma linha de praias caracterizadas por areias finas e águas transparentes, que de outra forma poderíamos pensar só existirem no Mediterrâneo, como a Figueirinha, Galapos e o Portinho da Arrábida.

A zona foi apreciada pelos frades franciscanos entre os séculos XVI e XIX, que habitaram o convento que ainda existe na zona e meditaram nas capelas isoladas dispersas pela serra. A Arrábida tem excelentes condições para a atividade agropecuária e pastagem, originando assim produtos de alta qualidade. Exemplos disso são os vinhos que podem ser descobertos seguindo a rota dos vinhos da Costa Azul, que leva os visitantes à simpática vila de Azeitão onde podem provar alguns deliciosos queijos.

Fotos: René Christensen