Aldeia de Soajo, Arcos de Valdevez, Portugal
Soajo é também famosa pelo vasto conjunto de espigueiros erigidos sobre uma enorme laje granítica, usada pelo povo como eira comunitária. O mais antigo data de 1782. Estes monumentos de granito foram construídos na altura em que se incrementou o cultivo do milho e serviam para proteger o cereal das intempéries e dos animais roedores. As suas paredes são desunidas para que o ar circule através das espigas empilhadas. No topo são geralmente rematados por uma cruz, que significa a invocação divina para a proteção dos cereais. Parte destes espigueiros são ainda hoje utilizados pelas gentes da terra.
Monumento nacional desde 1910, o Pelourinho de Soajo é um simples esteio ao alto, colmatado com uma face antropomórfica e um triângulo no topo, a lembrar um chapéu de três bicos. A data da sua edificação é incerta, embora o foral dado à vila D. Manuel I em 1514 possa lançar a sua construção, iniciando uma importante funcionalidade de marco jurisdicional. Alguns autores interpretam os seus elementos escultóricos como integrados em tradições locais de autonomia administrativa e política, potenciado as características especiais deste território e das suas gentes, documentada desde a Idade Média. O facto de não possuir nenhuma ranhura para colocação de ferros é apontado como justificativo para a sua tardia construção.
Cão do Soajo ou Sabujo Português impropriamente chamado «Cão de Castro Laboreiro». Cães vigilantes dos palácios dos reis e parques do reino de Portugal