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Mais Portugal Turismo

Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

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Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

Idanha-a-Velha

14.03.18 | TZLX

Pelo notável conjunto de ruínas que conserva, ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do país. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana capital da Civitas Igaeditanorum (séc. I a.C.), mais tarde sede episcopal sob domínio suevo e visigótico. Doada à Ordem do Templo no séc. XIII, mantém vestígios de diversas épocas que evidenciam uma grande permanência civilizacional. Ocupada pelos muçulmanos no séc. VIII, foi reconquistada pelos cristãos no séc. XII. Doada à Ordem do Templo no séc. XIII, mantém vestígios de diversas épocas que evidenciam uma grande permanência civilizacional.

Idanha-a-Velha pequena aldeia de ambiente pitoresco, pelo notável conjunto de ruínas que conserva, ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do País. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana (séc. I a.C.), inserida no território da Civitas Igaeditanorum, tendo sido, mais tarde, município romano. Uma inscrição datada do ano 16 a.C., onde consta que Quintus Tallius, cidadão da Emerita Augusta (Mérida) "deu de boa vontade um relógio aos Igeditanos", testemunha a existência no núcleo urbano nesse momento cronológico. Em 105, a povoação aparece referida numa inscrição da monumental ponte de Alcântara, importante obra de engenharia romana, como um dos municípios que contribuíram para a sua construção.

Diversos vestígios evidenciam, ainda hoje, essa permanência civilizacional: entre outros, o podium de um templo no qual assenta a Torre dos Templários; a Porta Norte e respetiva muralha; um conjunto excecional de inscrições de diversas tipologias e variado espólio disperso. A povoação conheceu no período visigótico, sob o nome da Egitânia, momentos áureos de desenvolvimento, tendo sido sede de diocese desde 599 e centro de cunhagem de moeda em ouro (trientes). São testemunhos materiais desse período, o Baptistério e ruínas anexas do "Palácio dos Bispos" e a designada "Sé Catedral", esta com profundas alterações arquitetónicas posteriores.

Os Árabes ocuparam a cidade até à sua tomada por D. Afonso III, Rei de Leão, durante a reconquista, fazia já parte integrante do Condado Portucalense aquando da fundação de Portugal. Mais tarde D. Afonso Henriques entregou-a aos Templários. Em 1229 D. Sancho II deu-lhe foral. D. Dinis incluiu-a na Ordem de Cristo (1319), seguindo-se outras tentativas de repovoamento. D. Manuel I, em 1510, institui-lhe novo foral de que o Pelourinho ainda é testemunho. Em 1762 figurava como vila, na comarca de Castelo Branco; em 1811, ficava anexa a Idanha-a-Nova; em 1821 tornava-se sede de um pequeno concelho, extinto em 1836.

Intencionalmente, e ao longo dos séculos, pretendeu-se reorganizar todo o espaço urbano, revitalizando-o no domínio social, económico, político e cultural. Porém o seu percurso histórico, de desertificação, estava traçado. Hoje, Idanha-a-Velha, (Monumento Nacional) surge renovada. Uma Aldeia Histórica criteriosamente adaptada para os que aqui residem e para os que a visitam

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Castelo Rodrigo

14.03.18 | TZLX

A Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo é, no seu todo, um autêntico espaço monumental que conserva importantes referências no plano medieval. Entre os monumentos que acrescentam valor ao património histórico são de destacar as velhas muralhas, as ruínas do palácio de Cristóvão de Moura, o Pelourinho quinhentista, a igreja matriz, a cisterna medieval e os vestígios que atestam a presença de uma importante comunidade de cristãos-novos. Durante mais de 600 anos, a povoação foi vila e sede de concelho. Em vários momentos da história nacional, os seus habitantes destacaram-se pela sua coragem e lealdade à coroa.

O território de Riba-Côa foi ocupado desde tempos remotos, havendo vestígios paleolíticos, megalíticos, da cultura castreja, romanos e árabes. A preocupação com a reorganização e povoamento desta área na época da Reconquista é patente nas doações aos freires Salamantinos, fundadores da Ordem de S. Julião do Pereiro, e aos primeiros frades de Santa Maria de Aguiar, oriundos de Zamora, de que o Mosteiro de Santa Maria de Aguiar, de fundação cisterciense do séc. XII, é importante testemunho.

Conquistada aos Árabes no séc. XI e dependente do Reino de Leão, foi vila elevada a concelho por Afonso IX, integrando definitivamente o território português a 12 de Setembro de 1297, pelo Tratado de Alcanizes - assinado por D. Dinis, que confirmou o seu Foral em Trancoso e mandou repovoar e reconstruir o Castelo, ação repetida por D. Fernando I, que também lhe concedeu Carta de Feira, em 1373.

Castelo Rodrigo está rodeado por uma cintura amuralhada inicialmente composta por 13 torreões (à semelhança de Ávila). Mantém a sua traça medieval, que irradia da alcáçova e acompanha a topografia. Pelas suas ruas encontram-se casas interessantes, umas manuelinas, outras construções árabes, como a casa nº 32, com inscrição e uma carranca, para além da cisterna, de 13 m de fundo, com uma porta em arco de ferradura e outra ogival.

Estando na rota de peregrinos a Compostela, aqui se ergueu a Igreja de N. Sra. de Rocamador, fundada por uma confraria de frades hospitaleiros vindos de França no séc. XIII.
Por ter tomado partido por Castela na crise de 1383-85, D. João I castigou Castelo Rodrigo, mandando que o seu brasão ficasse com as armas reais invertidas e a vila dependente de Pinhel. O pelourinho manuelino - de gaiola e grandes dimensões, atesta o poder municipal, regulamentado pelo foral novo de 1508, altura em que D. Manuel, o Rei Venturoso, mandou repovoar a vila e refazer o castelo.

Sob domínio filipino instituiu-se o condado e marquesado de Castelo Rodrigo na pessoa de Cristóvão de Moura, que mandou edificar um Palácio. Após a Restauração este foi destruído pelo povo. No largo de S. João, o padrão assinala e comemora a restauração da independência nacional.

Ainda nas lutas contra Espanha, a vila sofreu em 1664 o cerco do Duque de Ossuna, tendo a sua guarnição de 150 homens resistido heroicamente até à chegada de reforços, travando-se a batalha da Salgadela, junto ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar. Conta-se que o Duque de Ossuna e D. João d’Áustria escaparam disfarçados de frades.

Após as Guerras da Restauração, Castelo Rodrigo foi perdendo a sua importância, e a 25 de Junho de 1836, por Carta Régia de D. Maria II, a sede de concelho foi transferida para Figueira de Castelo Rodrigo.

Historicamente, nenhuma povoação raiana exerceu por tão longo período um lugar tão relevante nas relações Luso-Castelhanas e na defesa do território português.

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Castelo Novo

14.03.18 | TZLX

História

Os vestígios arqueológicos conhecidos sugerem uma ocupação humana do território provavelmente desde o calcolítico, projectando-se num crescimento de testemunhos que se referem às idades do Bronze e do Ferro e se consolidam na colonização romana.

A existência da povoação aparece comprovada documentalmente desde os primeiros tempos da Nacionalidade. Porém, a questão dos forais não parece assente entre os historiadores: vários autores defendem que o foral tenha sido passado em 1202 à então designada Alpreada por D. Pedro Guterres e D. Ausenda, alegadamente seu donatário e primeiro alcaide do castelo (e, provavelmente, o seu construtor), e mais tarde herdada por testamento pelos Cavaleiros Templários. Porém, outras referências contrapõem com o facto de Castelo Novo pertencer à Coroa inicialmente, tendo o primeiro foral sido dado aos Templários, sendo D. Pedro e D. Ausenda os primeiros povoadores.

O topónimo Castelo Novo, em substituição do anterior, é citado pela primeira vez em 1208, no testamento de Guterres, pelo qual ele doa a "terra a que chamam Castelo Novo" aos Templários. Para a terra se passar a chamar dessa forma é porque, crê-se, terá havido um Castelo Velho (ali ou no sítio do mesmo nome, no topo culminante da serra da Gardunha), e entre 1205 e 1208 se terá edificado um novo. A ser assim caem por terra todas as afirmações que atribuem a D. Dinis a construção do castelo. O que não parece improvável é que este monarca tenha ali mandado fazer qualquer intervenção. Porém, o segundo foral foi-lhe por ele concedido.

No reinado de D. Manuel I, o castelo já não estaria propriamente novo, o que o levou a assumir a sua recuperação, encarregando do assunto um escudeiro da Casa Real, que se fez acompanhar de um pedreiro mestre de obras natural de Castela. Entre os dois estalou uma acesa polémica. De várias acaloradas discussões sobre os planos de remodelação, os dois partiram para a violência, resultando no refúgio do castelhano igreja de Castelo Novo para que o escudeiro veador das obras não pusesse a ferros.

Beneficiando da protecção divina, o castelhano escreveu ao rei e rogou-lhe clemência, que lhe foi concedida, assim como a autorização para conduzir as obras. E a coisa endireitou-se.

Foi nessa altura que D. Manuel I, em 1 de Junho de 1510, concedeu a Castelo Novo o seu terceiro foral, assinado em Santarém e que se insere no Livro de Forais Novos da Beira (fls. 29 e col. 1ª), que consta na Torre do Tombo.

O concelho de Castelo Novo era constituído pelas freguesias de Lardosa, Castelo Novo, Orca, Póvoa de Atalaia, Soalheira e Zebras. Tinha, em 1801, 2 994 habitantes. Em 1835, o concelho foi extinto e anexado ao de Alpedrinha, passando com este e seu termo, a fazer parte integrante do concelho do Fundão, a partir de 24 de Outubro de 1855.Dos seus tempos de concelho, conserva-se o seu símbolo principal: o pelourinho.Castelo Novo (9).jpg

 

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Castelo Mendo

14.03.18 | TZLX

Inserida na agreste paisagem que rodeia o rio Côa, a aldeia de Castelo Mendo foi, durante a Idade Média, um núcleo urbano de grande importância, devido à sua proximidade com a fronteira e às características defensivas de excelência que apresentava à época da fundação da nacionalidade. A sua ocupação recua à Idade do Bronze, havendo vestígios de um povoado romano no perímetro urbano. Porém, foi com a Reconquista Cristã que, à semelhança de muitas povoações fronteiriças, Castelo Mendo ganhou uma nova importância pelo seu papel estratégico na defesa da fronteira de Riba-Côa face aos vizinhos reinos de Leão e Castela.

Foi D. Sancho II que em 1229 deu o passo decisivo na transformação do povoado raiano, com a doação de foral e a criação da feira franca, que ali passou a realizar-se três vezes ao ano, trazendo a Castelo Mendo desenvolvimento económico e, consequentemente, crescimento urbano. Ao mesmo tempo, o monarca terá mandado edificar o primitivo reduto muralhado que protegeu o povoado medieval

No reinado de D. Dinis, Castelo Mendo tomou um papel significativo na defesa fronteiriça, pelo que o Lavrador mandou construir a segunda cintura de muralhas, que rodeia o núcleo medieval da vila. Mais tarde, quando o Tratado de Alcanizes estabeleceu em definitivo as fronteiras do reino, a aldeia foi perdendo a sua importância.

Hoje, Castelo Mendo conserva ainda a sua traça antiga, onde as muralhas guardam um conjunto edificado de memórias históricas, com casas de janelas manuelinas e varandas alpendradas. Visite esta acolhedora aldeia medieval, que está pronta para o receber.

Em Castelo Mendo, não deixe de visitar:

  • O castelo;
  • O Museu do Tempo e dos Sentidos;
  • As igrejas de São Vicente e de São Pedro;
  • O edifício que englobava a Cadeia, o Tribunal e a Casa da Câmara e hoje funciona como Posto de Turismo;
  • O “Mendo” e a “Menda”;
  • A porta dos Berrões, onde existem dois berrões celtas.
  • O edifício da antiga Misericórdia;
  • A feira medieval.

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Almeida

14.03.18 | TZLX

Almeida perante a necessidade de modernizar as obsoletas estruturas medievais, empenhou-se após a Restauração, na construção de uma renovada máquina de guerra que se pudesse adaptar às novas armas de fogo, e que lhe permitisse selar a fronteira. A Praça-forte é de planta hexagonal, constituída por seis baluartes, aos quais correspondem o mesmo número de revelins.

Almeida terá tido origem na migração dos habitantes de um castro lusitano, localizado a Norte do lugar do Enxido da Sarça, ocupado em 61 a.C. pelos Romanos, e depois pelos povos bárbaros. Dada a sua situação em planalto, os Árabes chamaram-na Al-Mêda (a Mesa), Talmeyda ou Almeydan, tendo construído um pequeno Castelo (séc. VIII- IX).

No período da Reconquista, os Cristãos tomaram-na definitivamente em 1190 e foi sucessivamente disputada a Leão, passando à posse portuguesa com o Tratado de Alcanizes em 1297.

Recebeu foral de D. Dinis (1296), que reconstruiu o Castelo, e foral novo de D. Manuel (1510). Junto ao Castelo de planta retangular e quatro torres circulares, cresceu o núcleo medieval limitado pelas muralhas, cujo vestígio se vê na Porta do Sol, traçado que a Rua dos Combatentes acompanha e que define o velho burgo. No Castelo havia a primitiva Igreja Matriz.

A explosão do Revelim do Paiol, em 1810, motivada pelas invasões francesas, arrasou grande parte da vila, sendo esta igreja transferida para a do Convento de N. Sra. do Loreto - que apresenta um portal barroco - tomando o nome de N. Sra. das Candeias, cuja procissão se realiza a 2 de Fevereiro. A religiosidade popular está também assinalada nos passos da via-sacra.

A importância desta praça defensiva levou à expansão urbana e institucional sendo dignos de nota os edifícios do antigo Quartel de Artilharia, Vedoria, Tribunal, bem como a Igreja e Hospital da Misericórdia, de portal clórico - exemplos da arquitetura seiscentista.

A sua qualidade de praça-forte marcou também o próprio urbanismo, com quarteirões destinados a alojar os militares, como o caso do antigo quartel de Cavalaria. De realçar, o Quartel das Esquadras, edificado em 1762/69 (em frente do qual se fazia a parada militar, zona hoje ajardinada), e a célebre Casa da Roda - instituição criada por Pina Manique em 1783, para recolhimento das crianças expostas. No lugar da Roda encontra-se uma janela.

A Praça Forte de Almeida (séc. XVII/XVIII), perfeito exemplar da arquitetura militar barroca, é uma fortaleza abaluartada com traçado hexagonal em estrela, ao estilo do engenheiro francês Antoine Deville. O acesso faz-se pelas portas duplas em túnel abobadado. Dispõe de seis baluartes, com suas casamatas - galerias subterrâneas onde a população se recolhia em caso de perigo e que também serviram de prisões miguelistas - e revelins, com fossos de profundidade média de 12 m, onde se construiu também um Hospital de Sangue, e se localiza o Museu Militar.

Durante a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) Almeida voltou à posse de Espanha, tendo retomado ao domínio Português em 1763.

Nas lutas liberais tomou partido por D. Miguel entre 1829 e 1832, acabando por capitular após duras lutas fratricidas, que de novo destruíram as muralhas - reconstruídas a partir de 1853. Em 1927 saiu de Almeida o último Esquadrão de Cavalaria perdendo, desde então, a atividade militar que, durante séculos, foi a razão essencial da sua existência

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