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Mais Portugal Turismo

Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

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Barragem do Cabril, uma das maiores barragens portuguesas

15.03.18 | TZLX

Considerada uma das maiores barragens portuguesas, a Barragem do Cabril situa-se entre Leiria e Castelo Branco, numa obra de arquitetura construída com o objetivo de ser uma reserva de água doce e que também acabou por dar lugar a um amplo espaço de lazer ao ar livre, ideal para os amantes da natureza.

Acampar, caminhar, fazer um piquenique ou jogar uma partida de ténis são algumas das possibilidades para quem chega e quer ficar junto à Barragem do Cabril.

Muito procurada para passeios de barco à vela, a motor ou a remos, para a pesca (em especial do achigã) e uns bons mergulhos e braçadas nas águas frescas do rio Zêzere, a Praia Fluvial que aqui se forma está rodeada de pinheiros bravos, eucaliptos, acácias e oliveiras. Estas, além de purificarem o ar que se respira, formam – na aldeia do xisto Pedrógão Grande – a Zona do Pinhal Interior Norte, a maior mancha florestal da Europa.

Na Sertã (já no distrito de Castelo Branco mas ali ao lado) pode visitar as insculturas da Fechadura e Lajeira, gravuras rupestres situadas em Figueiredo e Ermida, respetivamente. A Ponte Filipina, o Castelo e Capela São João Baptista, a Igreja Matriz e o pelourinho são outros pontos de interesse da vila, que se vê banhada pelas ribeiras da Sertã (Ribeira Grande) e do Amioso (Ribeira Pequena) e apresenta um clima húmido devido à grande massa de água que a envolve.

De influências romanas, lusitanas e árabes, das quais se destaca o castelo da Sertã, esta vila pertenceu durante sete anos aos Templários e depois aos Hospitalários. Foi na freguesia de Cernache Bonjardim que nasceu Nuno Álvares Pereira e encontra nesta localidade os Paços, o Seminário, Capelas, a Igreja de São Sebastião e o Atelier do pintor Túllio Victorino, de estilo neo-árabe.

Um vila-berço marcada por todos

Conta a lenda que, o nome, Sertã nasceu por causa de uma frigideira onde Celinda (recém-viúva do chefe do castelo) fritava uns ovos em azeite bem quente e com ele salvou o castelo de ser invadido. Mas além do azeite da lenda, o alimento mais conhecido na região é o maranho, um prato típico à base de enchidos de carne e arroz que apetece provar.

Até lá, siga pela A1 se vem de Norte ou Sul e pela A23 se vem da Beira Alta Interior.

Já chegou?

 

 

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Acerca deste local

A barragem do Cabril no rio Zêzere é uma das maiores barragens portuguesas e origina uma da maiores reservas de água doce do país. É uma das mais altas construções de Portugal. A construção da Barragem do Cabril teve início em Abril de 1951, com a obra a cargo da Hidro Eléctrica do Zêzere e projecto de Joaquim Laginha Serafim. A inauguração teve lugar no dia 31 de Julho de 1954 e contou com a presença do Presidente da República, General Craveiro Lopes. A barragem é do tipo arco abóbada, com uma altura de 136 metros e com 200 metros de comprimento do coroamento. A capacidade de descarga é de 2 200 m³/s. A sua albufeira tem uma capacidade total de 720 000, enquanto a sua capacidade útil é de 615 000. O seu perímetro é de 280 km. Esta albufeira oferece um dos melhores quadros turísticos do concelho e as suas águas são procuradas para actividades aquáticas e pelos amantes da pesca desportiva. O arco da barragem do Cabril é atravessado pela Estrada Nacional 2, a estrada mais longa de Portugal.

 

 

 

As barragens e albufeiras do Centro de Portugal

15.03.18 | TZLX

O centro de Portugal é banhado por diversos rios nascem nas serras portuguesas e na Meseta Central da Península Ibérica. E hidrográficas Enquadramento Neste que encontramos Diversas barragens alta Dimensão, Praias Fluviais extraordinarias e Perder uma vista de Albufeira.

Na área de Leiria, Fátima e Tomar está localizada no centro de Portugal, mas é o lar de barragens e praias fluviais. Em Barragem, mas conheci nenhum centro em Barragem de Castelo de Bode, aquele ergo do rio Zêzere. Esta escola é projetada para a produção de energia e educação para crianças, crianças e adultos.

Nas margens da barragem existem duas praias de excelência já premiadas pela QUERCUS, uma Associação Nacional da Conservação da Natureza. Na mesma região, mais já não Rio Tejo, encontre a Barragem de Belver. A sua albufeira mas espetacular na Praia Fluvial da Ortiga, que banha tem localidade da Mação.

Além de visitar uma barragem, até a Anta de Rio Frio e na Estação Arqueológica de Vale do Junco. PODE Aldeias AINDA Passar POR VARIAS do Xisto, repletas de História e Achados Arqueológicos das EPOCAS romana e árabe, com aldeia de Sarzedas (em Castelo Branco), Foz do Cobrão (Vila Velha Ródão) e Figueira (Proença-a-Nova ).

Na Região Coimbra e uma Barragem da Aguieira (also conhecida Como tem Barragem da Foz do DAO), na Fronteira entre Coimbra e Viseu que MERECE A Nossa Atenção. Situa-no no leito do Rio Mondego e ilustra uma harmonia perfeita entre o rio e a vegetação que o rodeia. Existem muitas ilhas espalhadas por barragem, ou choraram um lago idílico no coração do Dão - Mondego. Faz como delícias praticando costas de pesca desportiva, natação, vela e remo.

No distrito de Castelo Branco recomendamos uma visita da Barragem do Cabril, uma das maiores reservas de água doce no território nacional. O azul intenso das Águas do Zêzere contrastaram com Rochas imponentes que tem rodeiam, O Que Resulta NUMA das Paisagens mas encantadoras da Região. A barragem e Próxima de varias Aldeias do Xisto, incluíndo algumas "Aldeias Brancas" da Rede Aldeias do Xisto, que destacam entre ace OUTRAS e São identificadas com este Nome Pela sua cor branca, desenvolvimento devido ao calo utilizada para afastar o calor das casas .

Em Idanha-A-Nova, sem leito do rio Ponsul, pode ser encontrado em Barragem de Idanha. E UM TODO Visível e Ganha destaque Graças alta SUA Albufeira com hum extenso areal e Pequena Vegetação - Tera e e Será Uma volta, mas Belos parques de campismo fazê país não pod qua Acordar soluço Uma Única vista natural.

 

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A barragem de Castelo de Bode e o legado dos Templários

15.03.18 | TZLX

O serpentere do curso do Rio Zêzere guia-nos até um magnífico lago entre as montanhas xistosas e mágicas do concelho de Tomar. Nesta zona, visite e aproveitar em Barragem de Castelo de Bode, uma das principais construídas em conjunto com Barragens da Bacia do Zêzere e uma das maiores barragens do país.

Situada em Tomar, uma barragem banha diversas terras outrora controladas por Ordem dos Templários e que mantém uma aura de mistério que fascina todos os que como visitam. A, mas conhecida será Dornes, na mítica península que o empresta o nome. A presença da Ordem dos Templários é bem visível na torre sineira pentagonal de Dornes, que sobrevive quase intacta nos nossos dias.
Para os apaixonados pelas lendas que perseguem tem história dos templários, uma visita cuidadosa e atenta à região é indispensável. Mas tem caracteristicamente, mas apaixonante da Barragem de Castelo de Bode são como suas bonitas albufeiras, que originaram algumas das praias fluviais, mas extraordinárias do país.

Duas delas, Praia Fluvial de Alverangel e Praia Fluvial dos Montes, foram distinguidas em 2016 pela QUERCUS com uma classificação de "Qualidade de Ouro". Na Praia dos Montes, por exemplo, encontra-numa área verde wave brotam diversas fontes. Para a Praia Fluvial da Castanheira - tambores conhecidos pelo Lago Azul - etra das praias fluviais de referência em Portugal. Aqui, como águas da barragem espelham um azul magnífico e particularmente intenso. Uma tranquilidade do "lago", rodeado pela serra, tornando-se nas zonas, mas relaxante e inesquecíveis ao largo da barragem.

Além disso, é um local privilegiado para a prática dos desportos náuticos, nome do wakeboard, windsurf, vela, remo, jet ski, moto náutica e pesca desportiva (truta, achigã, enguias, lagostim vermelho). Finalmente, destacamos à Praia Fluvial da Aldeia de Mato. Distinguida diversas vezes com bandira azul, como suas águas calmas são ideais para praticar natação ou simplesmente relaxar no enleio da Natureza.
Obteve uma variedade de atividades nas diversas áreas do país, incluindo o número de Serviços de cozinha, o Centro de Portugal e o uso da Barragem do Castelo de Bode, na área do rio principal.

 

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Interior Barragem de Castelo do Bode

Vista exterior e interior da Barragem de Castelo do Bode. Rio Zêzere. EDP Produção. Ferreira do Zêzere.

 

Trancoso

15.03.18 | TZLX

O seu castelo milenar contrasta com os sobressaltos e temores vividos pelas gentes de outrora. Foi terra de fronteira, palco de diversas lutas e batalhas marcantes para a formação e independência do reino. Recebeu importantes privilégios. D. Afonso Henriques concede-lhe a carta de Foral e D. Afonso III a carta de Feira. D. Dinis manda construir as muralhas que ainda hoje protegem um burgo onde conviveram cristãos e judeus. A cintura de muralhas que ainda rodeia a antiga vila medieval, bem como o vasto património arquitetónico civil e religioso, conferem ao Centro Histórico uma imagem única.

 

Localizado no topo de um planalto, de onde se avista um vasto território entre a serra da Estrela e o vale do Douro, Trancoso desenvolveu-se em torno do seu castelo, fundado nos sécs. VIII-IX.

Ao longo de toda a Idade Média, foi um lugar estratégico-militar extremamente importante, instalado numa região de fronteira instável, onde ocorreram vários conflitos e batalhas, primeiro entre cristãos e muçulmanos e, mais tarde, entre Portugal e os reinos vizinhos.
Com Foral outorgado por D. Afonso Henriques (1162-65), nos primórdios da nacionalidade, Trancoso era já uma das principais povoações da região. Seria, também, um relevante centro mercantil, onde a partir de D. Afonso III (1273) se passou a realizar uma das mais antigas e concorridas feiras francas do reino, perpetuada nos nossos dias pela afamada Feira de S. Bartolomeu.

No reinado deste monarca e/ou no de seu filho, D. Dinis – que aqui celebrou as suas bodas com a Rainha Santa, D. Isabel de Aragão, em 1282 – Trancoso foi objeto de uma profunda reforma urbanística, que pautou todo o seu desenvolvimento urbano até meados do séc. XIX. Procedeu-se, então, à ampliação da primitiva cerca amuralhada da vila e, no seu interior, desenhou-se uma malha urbana que tendia para a ortogonalidade das ruas e quarteirões.
Durante a crise dinástica que se sucedeu à morte de D. Fernando, Trancoso foi palco de uma das mais fascinantes páginas da História de Portugal: a 29 de Maio de 1385, um pequeno exército liderado por Gonçalo Vasques Coutinho, alcaide de Trancoso, derrotou o poderoso exército castelhano junto à vila, contribuindo para consolidar a autoridade do Mestre de Avis, D. João, e para reforçar a viabilidade da causa portuguesa nele personificada.
Mais tarde, em 1510, a povoação recebeu Foral Novo de D. Manuel I, adaptando-se, assim, às novas exigências dos tempos modernos.

Com a instalação da Inquisição em Portugal (1536), a vila de Trancoso, que albergava uma das mais numerosas e importantes comunidades judaicas das Beiras, viveu tempos de enorme agitação social, que se prolongaram pelos sécs. XVII e XVIII. Apesar de tudo, estes foram igualmente tempos de grande dinamismo, em que se assiste a uma intensa renovação do conjunto edificado da vila.

Mais recentemente, Trancoso não passou ao lado dos muitos outros acontecimentos que marcaram a História de Portugal, de que são exemplo, já no séc. XIX, as Invasões Francesas e as lutas entre liberais e absolutistas.

Com um distinto e ilustre passado, a vila destacou-se, também, por estar associada a inúmeras figuras históricas e lendárias, como: João Tição, Gonçalo Vasques Coutinho, o Magriço, Gonçalo Annes Bandarra, Gonçalo Fernandes Trancoso, Fernando Isaac Cardoso, entre outros.

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Sortelha

15.03.18 | TZLX

Sortelha é uma das mais belas e antigas vilas portuguesas, tendo mantido a sua fisionomia urbana e arquitetónica inalterada até aos nossos dias, sendo considerada uma das mais bem conservadas. A visita pelas ruas e vielas do aglomerado, enclausuradas por um anel defensivo e vigiadas por um sobranceiro castelo do séc. XIII, possibilita ao forasteiro recuar aos séculos passados, por entre as sepulturas medievais, junto ao pelourinho manuelino ou defronte igreja renascentista.

Vila fronteiriça de fundação medieval, com foral concedido em 1228, Sortelha só perderá este estatuto concelhio com a reorganização administrativa feita pelo estado liberal no séc. XIX. A antiga vila constitui um espaço urbano medieval (séc. XIII-XIV), que encontra nas necessidades defensivas e na organização militar do espaço a sua matriz essencial, bastante alterada com as intervenções ocorridas no período manuelino (séc. XVI) e na centúria de seiscentos. Semelhante estrutura ainda hoje é observável, porque, desaparecidas as exigências defensivas que estão na origem e posterior utilização do castelo medieval, a sua população preferiu progressivamente instalar-se num arrabalde, em zona mais fértil e menos acidentada, não sofrendo portanto o espaço dentro de muros adaptação considerável às condições de vida dos séculos mais recentes.

Dois espaços fundamentais configuravam Sortelha. No ponto mais elevado, sobranceiro ao vale e na vertente mais inacessível, situa-se o Castelo: era o pólo exclusivamente militar, bem marcado pelo perfil destacado da Torre de Menagem; no seu interior ainda se pode ver a Cisterna, para o abastecimento de água e uma Porta Falsa. A serpentear o cabeço e tomando-lhe a forma oval, levantou-se a muralha, no seio da qual se estabeleceu a população da antiga vila. Espaço fechado, comunicava com o exterior por portas abertas a Este - Porta da Vila , Oeste - Porta Nova e Noroeste - Porta Falsa, tendo ainda uma saída de recurso junto ao Castelo. O perímetro defensivo contava além do mais com a Torre do Facho, bem como com outra torre de vigia na Porta da Vila.

A mancha construída revela laboriosa adaptação à extrema irregularidade topográfica, apresentando o conjunto uma disposição em anfiteatro. A malha urbana, pouco densa e composta por quarteirões muito irregulares, estrutura-se a partir de um eixo principal, de ligação entre as portas da Vila, composto pela Rua da Fonte e Rua Direita. Como espaços urbanos mais significativos surgem: o Largo do Corro, amplo terreiro aberto à entrada nascente da Vila, onde se ergue uma árvore secular e se destaca uma Fonte de mergulho medieval ou quinhentista; o Largo do Pelourinho, onde se localiza a Casa da Câmara e Cadeia e o Pelourinho, constituindo além do mais a zona de acesso ao Castelo; o Largo da Igreja, de limites imprecisos e que funciona como articulação viária entre a Rua da Fonte e a Rua Direita; e por fim, um espaço muito específico, formado extramuros, junto à Porta Nova: ladeando o troço da Calçada Medieval, ligação antiga da vila à Ribeira da Cal ao Casteleiro, encontram-se as ruínas da Igreja de Santa Rita, o antigo Hospital da Misericórdia, do séc. XVII (reaproveitamento de uma gafaria medieval) e, junto ao cemitério, a Capela de Santiago.

No que respeita à habitação, domina a casa de dois pisos, construída com materiais da região. Tem planta retangular, localizando-se a loja no piso térreo e a habitação no superior. O acesso faz-se por escada interna de tiro em madeira, ou através de escadas exteriores com patamar e balcão simples, sendo raro o alpendre. O número de portas e janelas é reduzido ao essencial, e muito pontualmente surgem decoradas (janela manuelina, moldura de meia cana, elementos estruturais biselados). Nesta arquitetura rude e discreta destacam-se algumas habitações por na fachada exibirem pormenores mais cuidados e que ,por vezes, correspondem a uma singular identidade social do ocupante - Casa do Escrivão, Casa do Governador e Casa do Juiz.

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Piódão

15.03.18 | TZLX

Enquanto percorremos a Serra do Açor, ao mesmo tempo que nos deixamos encantar pelo aspeto majestoso e puro da paisagem, a curiosidade e a impaciência invadem-nos. Piódão teima em permanecer escondido para, inesperadamente, deslumbrar com a sua arquitetura, que tão bem exemplifica a capacidade que temos para de forma harmoniosa nos adaptarmos aos mais inóspitos e também mais sublimes locais. Como se de um presépio se tratasse, as casas distribuem-se em redor dos socalcos, nas quais pontuam o azul e o xisto, por entre sinuosas e estreitas ruelas, que em cada canto escondem a história da Aldeia Histórica de Piódão.

O Piódão, aldeia classificada como "Imóvel de Interesse Público", localiza-se na Serra do Açôr, com uma implantação de escarpa abrupta e uma estrutura de malha cerrada e traçado sinuoso, bem adaptada à rugosidade do espaço envolvente. As pastagens da Serra de S. Pedro do Açor, recheada de nascentes, atraíram os pastores lusitanos que ali alimentaram os seus rebanhos. Na época medieval, formou-se um pequeno povoado a que foi dado o nome de Casas Piódam, depois transferido para a atual localização, talvez devido à instalação de um Mosteiro de Cister (de que já não restam vestígios) o que fará remontar o lugar ao séc. XIII. A este mosteiro poderá estar ligada a antiga invocação de Santa Maria (comum nas Abadias Cistercienses) da Igreja Matriz templo reformulado no séc. XVIII/XIX, o que o dotou duma curiosa fachada pautada por finas torres cilíndricas rematadas por cones.

No interior, uma imagem da Senhora da Conceição do séc. XV, atual invocação da igreja, altares de talha e azulejaria de fabrico coimbrão. De referir também a Capela de S. Pedro com a sua imagem do séc. XVI. Conta-se que aqui se teria fixado um dos assassinos de Inês de Castro - Diogo Lopes Pacheco, apelidos ainda hoje existentes no Piódão: os Lopes e os Pachecos, estes últimos tinham direito a tribuna própria na Igreja de Lourosa. No Numeramento Joanino de 1527, o primeiro recenseamento populacional nacional, Piódão aparece inserido na vila de Avô, como "casall do piodão" com dois moradores. Mais tarde integra a Freguesia de Aldeia das Dez, da qual é desanexado em 1676. Em 24 de Outubro de 1855, passa a fazer parte do Concelho de Arganil, quando o concelho de Avô é extinto. No entanto, no que respeita à jurisdição religiosa mantém-se ligado ao arciprestado de Avô.

Nos finais do séc. XIX, o Cónego Manuel Fernandes Nogueira funda um Colégio no Piódão, a que muitos chamam Seminário, que funcionou entre 1886 e 1906, e que aqui juntou muitos jovens, criando um pólo cultural de grande importância para a zona. A aldeia do Piódão é característica pela sua disposição em anfiteatro, o chamado presépio de xisto, com as casas de grande consistência formal, arquitetónica e estética. O casario, em alvenaria de pedra de xisto, tem cobertura de lajes no mesmo material. As janelas, de pequena modulação têm, tal como as portas, cor nos aros, e, pela Páscoa, cruzes feitas com o Ramo de loureiro benzido são postas nas vergas das portas para afastar o mau-olhado. Pelas suas ruelas íngremes, estreitas e tortuosas que formam recantos numa estrutura de malha cerrada e em grande parte preservada, corre aqui e ali um fio de água numa canada irregular: a Levada. De realçar a singela Fonte dos Algares. As atividades agrícolas e pastorícia continuam agora, como no passado, a ser dominantes no modo de vida dos habitantes do Piódão, encaradas essencialmente como forma de subsistência e sobrevivência. De notar a Eira, donde se desfruta uma bela panorâmica, e o Forno do Pão

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Monsanto

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Alcandorada num cabeço que se impõe ao olhar na maior parte dos horizontes, a Aldeia Histórica de Portugal de Monsanto detém um encanto singular, para o que contribuem os dois títulos atribuídos no séc. XX – Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, em 1938, e o de Aldeia Histórica em 1995. Ícone turístico da região, Monsanto é uma experiência peculiar para quem a visita. Concederam-lhe foral D. Afonso Henriques, D. Sancho I, D. Sancho II e D. Manuel . A parte mais antiga está n ponto mais alto, onde s Templários construíram uma cerca com uma torre de menagem.

Monsanto situa-se a nordeste das Terras de Idanha, aninhada na encosta de uma elevação escarpada - o cabeço de Monsanto (Mons Sanctus) - que irrompe abruptamente na campina e que, no seu ponto mais elevado, atinge 758 metros. Pelas várias vertentes da encosta e no sopé do monte, existem lugarejos dispersos, atestando a deslocação populacional em direção à planície.

Trata-se de um local muito antigo, onde se regista a presença humana desde o paleolítico. Vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano e da ocupação romana no denominado campo de S. Lourenço, no sopé do monte. Vestígios da permanência visigótica e árabe foram também encontrados.

D. Afonso Henriques conquista Monsanto aos Mouros e em 1165 faz a sua doação à Ordem dos Templários, que sob as ordens de D. Gualdim Pais, mandou edificar o Castelo. O primeiro Foral foi concedido por este rei em 1174, sucessivamente confirmado por D. Sancho I (1190) e D. Afonso II (1217). A D. Sancho I se deve também a repovoação e reedificação da fortaleza, desmantelada nas lutas contra Leão, novamente reparadas um século depois, pelos Templários. D. Dinis deu-lhe Carta de Feira em 1308, a realizar junto da ermida de S. Pedro de Vir-a-Corça. El-Rei D. Manuel I outorgou-lhe Foral Novo (1510) e deu-lhe a categoria de vila. Em meados do séc. XVII, D. Luís de Haro, ministro de Filipe IV, tenta o cerco a Monsanto, sem sucesso. Mais tarde, no início do século XVIII, o Duque de Berwick cerca também Monsanto, mas o exército português, comandado pelo Marquês de Minas, derrotou o invasor nos contrafortes da escarpada elevação.

Em 1758, Monsanto era sede de concelho, privilégio que manteve até 1853. No século XIX, o imponente Castelo medieval de Monsanto foi parcialmente destruído pela explosão acidental do paiol de munições.

Convida-se para uma visita ao que resta do poderoso Castelo na escarpada encosta onde se pode observar a alcáçova, a cintura de muralhas e torres de vigia, bem como as belíssimas ruínas da Capela de S. Miguel do séc. XII, e a Capela de Santa Maria do Castelo.

A gloriosa resistência aos invasores (romanos ou árabes - não se sabe bem) comemora-se na Festa de Santa Cruz, deitando-se das muralhas do castelo simbólicos cântaros com flores, levando as mulheres ao cimo das torres as tradicionais bonecas de trapos - as marafonas.

A Capela de S. Pedro de Vir-à-Corça ou Ver-a-Corça, Imóvel de Interesse Público, situada na base do monte nos arredores da povoação, entre os lugares de Eugénia e Carroqueiro, é um templo românico construído em granito, datando provavelmente do séc. XIII, em que se destaca uma rosácea. Em seu redor se realizava a feira autorizada por D. Dinis em 1308.

A Estação Arqueológica romana de São Lourenço, Imóvel de Interesse Público, situada na Freguesia de Monsanto, corresponde presumivelmente a uma vila romana que integra um complexo termal. São também conhecidos quatro túmulos romanos em granito. Perto do local das ruínas, vê-se também um troço de pavimento.

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Marialva

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Marialva fica a poucos minutos da cidade de Mêda. Esta Aldeia Histórica, num cenário que revela uma das relíquias vivas da ancestralidade portuguesa, transporta o visitante às raízes mais profundas da história do país. As ruas, ladeadas por edifícios resistentes ao tempo, conduzem à cidadela cercada pelas muralhas cujas ruínas é fácil perder a noção do tempo. Povoada pelos aravos, povo lusitano, foi posteriormente conquistada pelos romanos, seguidos dos árabes, até à vitória final de D. Fernando, o Magno, em 1063, na sua emblemática conquita das Beiras.

A Aldeia de Marialva dista 7 Km da sede do concelho da Mêda, na margem esquerda da ribeira de Marialva. É constituída por três núcleos distintos: a Cidadela ou Vila no interior do Castelo, agora despovoada; o Arrabalde que prolonga a Vila para além da zona amuralhada; e a Devesa, situada a sul da cidadela, que se estende pela planície até à ribeira de Marialva, e assenta sobre a antiga cidade romana.

De facto, as origens longínquas de Marialva parecem remontar ao tempo da antiga Cidade de Aravor, fundada pelos Túrdulos no séc. VI a.C. Este castro, situado numa eminência rochosa sobranceira aos campos da Devesa, foi o principal núcleo da comunidade dos Aravos, sendo conhecido por Castro dos Aravos.

Com a chegada dos Romanos o nome alterou-se para Civitas Aravorum, que foi reconstruida no tempo de Adriano e Trajano, tendo sido um importante ponto de confluência e cruzamento de vias, entre as quais a Via Imperial da Guarda a Numão. Os Godos instalaram-se também no monte, primeira ocupação cristã, mudando-lhe o nome para S. Justo. A esta ocupação seguiram-se os Árabes que terão dado à cidadela o nome de Malva, que reconquistada por D. Fernando Magno de Leão em 1063, lhe chamou Marialva.

Despovoada pelas lutas da Reconquista, D. Afonso Henriques mandou-a repovoar e concedeu-lhe o primeiro foral (1179). D. Sancho I reconquistou-a em 1200, altura em que o povoado extravasou a cerca amuralhada, formando-se assim o Arrabalde que apresenta uma malha urbana de traçado predominantemente medieval, onde proliferam igrejas, capelas, casas quinhentistas e senhoriais, a par de um conjunto de habitações rurais com características típicas da casa beirã. D. Dinis, que criou a Feira em 1286, e D. Manuel, que lhe concedeu Foral Novo (1512), procederam a obras no castelo, transformando Marialva numa das mais imponentes e fortes praças de guerra do reino.

Dada a localização fronteiriça de Marialva - e estimulada pela Feira (dia 15 de cada mês) que concedia diversos privilégios aos moradores e feirantes - iniciou-se no séc. XIII a fixação de judeus, cujo número aumentou durante o reinado de D. Manuel formando mesmo uma judiaria.

D. Afonso V deu o título de Conde de Marialva a D. Vasco Coutinho (1440), que se destacara nas campanhas militares do Norte de África; mais tarde passou a marquesado por mercê de D. Afonso VI (1675), tendo sido primeiro Marquês de Marialva D. António Luís de Menezes, terceiro Conde de Cantanhede, pelo seu papel decisivo na Revolução de 1640.

Em 1855 foi suprimido o concelho de Marialva, que passou a englobar o de Vila Nova de Foz Côa. Em 1872, Marialva foi incorporada no concelho de Mêda.

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Linhares da Beira

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Aldeia medieval do século XII, Linhares da Beira possui uma diversidade arquitetónica e artística ímpar, fruto do legado de várias épocas. Em 1169, recebeu o seu primeiro foral, atribuído por D. Afonso Henriques. Mas só mais tarde, no reinado de D. Dinis, foi erigido o seu imponente Castelo, ex-líbris da aldeia e principal cartão de visita nos nossos dias. Deambular pelas ruas desta aldeia museu é fazer uma incursão ao passado, à sua história, e sentir a brisa do Vale do Mondego a acariciar-nos o rosto.

Vila de fundação medieval, com foral concedido em 1169 por D. Afonso Henriques, que, em 1855 perde este estatuto com a reforma administrativa liberal. Apesar do local ter conhecido a fixação de povos pré-romanos e existir registo escrito da passagem de romanos, visigodos e muçulmanos, a história de Linhares, tem origem no contexto gerado com a reconquista Cristã. Estabilizadas as fronteiras do reino português, Linhares continuou a ter significado estratégico pelo menos até ao século XVII, pois fazia parte do sistema defensivo que guardava a Bacia do Mondego, na retaguarda das fortificações da raia beirã.

A estrutura de ocupação do espaço da antiga vila de Linhares conjuga assim um tipo característico de povoamento medieval (séculos XII-XIV), com desenvolvimentos significativos no período quinhentista (século XVI). Nesta centúria a vila terá atingido uma configuração próxima da atual, ainda que no património edificado pesem, pelo impacto no tecido urbano, algumas construções mais tardias (séculos XVII-XIX).

O castelo, implantado num cabeço rochoso a cerca de 820 m de altitude e dominando o Vale do Mondego, constitui o núcleo gerador do aglomerado. Na encosta, sobranceira à várzea de Linhares e cruzada por antiga via romana, estendeu-se a povoação: o sistema fortificado, entregue a um alcaide e dispondo de pequena guarnição militar, defendia um território bem como a sua população e bens; o foral, concedido pelo Rei, prescrevia a autonomia concelhia e organizava a vida económica e social do povoado; a Igreja estabeleceu as paróquias.

A vila descreve, no sopé do Castelo, um perímetro triangular, em cujos vértices se situam três espaços ordenadores da malha urbana: o Lg. da Misericórdia, à entrada da povoação; o Lg. de S. Pedro, na zona denominada “Cimo da Vila”; e o Lg. da Igreja, próximo do Castelo e no acesso ao Campo da Corredoura, terreno de usufruto comum. Estes largos definiram-se em torno de igrejas – hoje desaparecida a de S. Pedro – e constituíam o centro das paróquias de fundação medieval. Na base do triângulo e no ponto oposto à Matriz, localiza-se o Lg. do Pelourinho, outrora o centro cívico da Vila.

Da assistência ao peregrino, pobres e doentes sobra-nos o edifício do Lg. da Misericórdia, que acolheu duas instituições típicas da sociedade medieval e moderna – a Albergaria e o Hospital. Também do abastecimento de água, temos para observar três fontes dos séculos XII, XVI e XIX. Além da casa tradicional e popular disseminada por toda a vila, contam-se as casas nobres dos séculos XVIII-XIX, destacando-se janelas e portas decoradas ao gosto Manuelino (século XVI), quase sempre moradias de proprietários agrícolas mais abastados ou da burguesia local ligada ao comércio. Entre estes encontrava-se a comunidade judaica, minoria étnica e religiosa obrigada a viver apartada da comunidade cristã e cujo bairro – judiaria – se situava numa transversal à Rua Direita: sobre a porta de acesso ao bairro (Arco) figura uma das mais elaboradas janelas manuelinas de Linhares.

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