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Mais Portugal Turismo

Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

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Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

Ermida da Memoria

22.03.18 | TZLX

Na origem da ermida da Memória encontra-se uma lenda referente à imagem de Nossa Senhora, esculpida por São José e pintada por São Lucas, na presença da Virgem, que se encontrava no mosteiro de Cauliniana, em Mérida, quando aí chegou D. Rodrigo, chefe dos Godos, depois da derrota cristã de Guadalete. Mais tarde, este e Frei Romano deslocaram-se para ocidente, chegando em 714 ao local onde hoje se ergue a ermida da Memória, local em que a imagem ficou depositada junto a um pequeno altar levantado pelo frade (BRITO 1609).
A imagem foi encontrada em 1179 numa gruta, sobre a qual foi depois erguida a ermida, a expensas de D. Fuas Roupinho, então alcaide do castelo de Porto de Mós, em acção de graças a Nossa Senhora da Nazaré, que o salvou de cair num penhasco quando perseguia um veado no seio de um intenso nevoeiro. Esta primeira capela, cujos panos murários eram abertos por quatro arcos, para a imagem poder ser vista em terra e no mar, viu os mesmos serem fechados por D. Fernando, em 1370, a fim de preservar a imagem, que se deteriorava rapidamente. O mesmo monarca mandou construir nova igreja, em local mais acessível, terminada, segundo a tradição, em 1377, correspondendo à igreja de Nossa Senhora da Nazaré.
Em 1600, o monge de Alcobaça, frei Bernardo de Brito, mandou desentulhar a gruta primitiva, reconstruindo, na mesma época, a antiga ermida. Nos anos seguintes o templo foi sendo objecto de reformas sucessivas que visaram enobrecer o espaço alterando-lhe, no entanto, a sua ideia original. Assim, logo em 1628 já os arcos se encontravam entaipados fechando por completo um espaço que frei Bernardo de Brito havia construído como uma planta centralizada, aberta por arcos de volta perfeita e, certamente, com o altar ao centro; a gruta onde a imagem havia sido descoberta era protegida por esta estrutura.
A partir desta data vingou o espaço fechado, que ganhou uma nova dinâmica visual, mais consentânea em relação ao que era habitual na época, com o revestimento azulejar integral do seu interior. O mesmo tratamento cerâmico mereceu a cobertura exterior, de quatro águas.
Nos alçados da ermida ainda se podem observar os antigos arcos, o registo azulejar que representa o milagre de Nossa Senhora da Nazaré, e a fachada é marcada pela abertura do portal, de verga recta, encimado por sobreporta em azulejo azul e branco e, sobre a cornija, por uma placa de cantaria relevada representando a Virgem da Nazaré com o Menino nos braços, São Brás e São Bartolomeu à direita, e D.Rodrigo e Frei Romano do lado oposto (ALÃO, 1628).
O interior é totalmente revestido por azulejos azuis e brancos, de padrão, que enquadram outros figurativos, onde se representam emblemas marianos (sobre este programa emblemático ver ARRANZ, 2001, pp. 59-76). Na cripta, que corresponde à primitiva gruta, encontramos um espaço igualmente revestido por azulejos, em cuja abóbada se ilustra o milagre e atrás de um gradeamento, a imagem de Nossa Senhora da Nazaré.
Estes azulejos tê m vindo a ser atribuídos à oficina de António de Oliveira Bernardes, um dos expoentes máximos da pintura azulejar barroca e da pintura a óleo, activo entre 1680 e 1732, ano do seu falecimento MECO, 1989, p. 224; IDEM, 1989, p. 80). (Rosário Carvalho)

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Podence

22.03.18 | TZLX

“O Careto de Podence é o único que chocalha” – Chocalha as raparigas, num ritual associado à fertilidade, e anuncia a chegada da primavera, desde tempos ancestrais. A origem deste ritual pagão é anterior ao cristianismo e foi-se adaptando sem perder o simbolismo, do rapaz solteiro que celebra um novo ciclo e se apresenta ao sexo feminino. O ritual é muito antigo, mas só recentemente começou a ser falado, o Entrudo Chocalheiro da região transmontana. No início do séc. XX, o Abade de Baçal já escrevia sobre os mascarados de Podence, mas os primeiros registos claros são de D. Sebastião Pessanha, no livro publicado nos anos 60: “Mascarados e máscaras populares de Trás-os-Montes”.

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Outras informações:

 

Originalmente designada como freguesia de Nossa Senhora da Purificação, Podence pertenceu ao concelho de Bragança e Izeda, só integrando o concelho de Macedo de Cavaleiros a partir de 1878.

 

Do seu património histórico destaca-se a Igreja Paroquial (Nossa Senhora da Purificação), de arquitetura barroca e neoclássica, cuja construção remonta ao século XVII. Mais recentes são as Capelas de Santa Eufémia e Santa Rita, situadas no largo da Feira, ambas construídas no século XX. Destaca-se ainda a Casa do Careto, marco da tradição carnavalesca da aldeia de Podence.

 

Festa de Carnaval dos Caretos de Podence, inserida no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

Castelo de Monsaraz [vista para a planície alentejana] – Reguengos de Monsaraz, Évora (Portugal).

22.03.18 | TZLX

A Vila Medieval de Monsaraz é, actualmente, a varanda do Grande Lago de Alqueva, constituindo-se num dos mais bonitos postais turísticos de Portugal. A sua envolvente deixa recuar o nosso imaginário por muitos séculos e a presença de mais de 150 monumentos megalíticos dá-nos o prazer de percorrermos estórias com mais de cinco mil anos, donde destacamos o Cromeleque do Xerez, O Menir do Barrocal (o segundo maior da Península Ibérica, com 5,70m), a Rocha dos Namorados ou o Menir da Belhoa...
Devido à sua posição geográfica, a colina de Monsaraz sempre ocupou um importante lugar na história do Concelho, tendo sido ocupada por diversos povos desde a pré-história.
No séc. VIII, Monsaraz cai sob domínio do Islão através das invasões muçulmanas que ocuparam grande parte da Península Ibérica. Passou a designar-se Saris ou Sarish e a pertencer ao reino de Badajoz, um dos maiores e mais importantes focos da cultura árabe.
Em 1167, foi conquistada aos muçulmanos por Geraldo Sem Pavor numa expedição que partiu de Évora, também esta recém-conquistada. Após a derrota de D. Afonso Henriques em Badajoz, Monsaraz cai novamente em poder dos árabes. Em 1232, apoiado por cavaleiros templários, D. Sancho II reconquista-a em definitivo, sendo posteriormente doada à Ordem do Templo.
Após as guerras de 1383-1385, a Vila de Monsaraz é integrada na Casa de Bragança e passa a ser uma das mais preciosas fontes de rendimento da grande casa ducal portuguesa.
Em 1512, D. Manuel concede novo foral à Vila de Monsaraz, reformulando a vida pública e jurídica do Concelho. Após a Restauração de 1640, a Vila recebeu importantes acrescentos táticos, como o levantamento de uma nova cintura abaluartada, tornando-se numa poderosa “cidadela inexpugnável”, interligada com o sistema defensivo de Elvas, Juromenha, Olivença e Mourão.
A sua condição de vila medieval acastelada, o impetuoso crescimento das aldeias de Reguengos, a riqueza das actividades artesanais e vinícolas e a fidelidade da população de Monsaraz aos ideais miguelistas derrotados na guerra civil (1828-1834) foram os factores que contribuíram para a transferência da sede de Concelho de Monsaraz para Vila Nova de Reguengos em 1838, onde se estabeleceu definitivamente em 1851.

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Monsaraz – Reguengos de Monsaraz, Évora (Portugal).

22.03.18 | TZLX

A Vila Medieval de Monsaraz é, actualmente, a varanda do Grande Lago de Alqueva, constituindo-se num dos mais bonitos postais turísticos de Portugal. A sua envolvente deixa recuar o nosso imaginário por muitos séculos e a presença de mais de 150 monumentos megalíticos dá-nos o prazer de percorrermos estórias com mais de cinco mil anos, donde destacamos o Cromeleque do Xerez, O Menir do Barrocal (o segundo maior da Península Ibérica, com 5,70m), a Rocha dos Namorados ou o Menir da Belhoa...
Devido à sua posição geográfica, a colina de Monsaraz sempre ocupou um importante lugar na história do Concelho, tendo sido ocupada por diversos povos desde a pré-história.
No séc. VIII, Monsaraz cai sob domínio do Islão através das invasões muçulmanas que ocuparam grande parte da Península Ibérica. Passou a designar-se Saris ou Sarish e a pertencer ao reino de Badajoz, um dos maiores e mais importantes focos da cultura árabe.
Em 1167, foi conquistada aos muçulmanos por Geraldo Sem Pavor numa expedição que partiu de Évora, também esta recém-conquistada. Após a derrota de D. Afonso Henriques em Badajoz, Monsaraz cai novamente em poder dos árabes. Em 1232, apoiado por cavaleiros templários, D. Sancho II reconquista-a em definitivo, sendo posteriormente doada à Ordem do Templo.
Após as guerras de 1383-1385, a Vila de Monsaraz é integrada na Casa de Bragança e passa a ser uma das mais preciosas fontes de rendimento da grande casa ducal portuguesa.
Em 1512, D. Manuel concede novo foral à Vila de Monsaraz, reformulando a vida pública e jurídica do Concelho. Após a Restauração de 1640, a Vila recebeu importantes acrescentos táticos, como o levantamento de uma nova cintura abaluartada, tornando-se numa poderosa “cidadela inexpugnável”, interligada com o sistema defensivo de Elvas, Juromenha, Olivença e Mourão.
A sua condição de vila medieval acastelada, o impetuoso crescimento das aldeias de Reguengos, a riqueza das actividades artesanais e vinícolas e a fidelidade da população de Monsaraz aos ideais miguelistas derrotados na guerra civil (1828-1834) foram os factores que contribuíram para a transferência da sede de Concelho de Monsaraz para Vila Nova de Reguengos em 1838, onde se estabeleceu definitivamente em 1851.

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