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Mais Portugal Turismo

Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

Mais Portugal Turismo

Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

Ponte Velha sobre o Rio Nabão

24.03.18 | TZLX

A Ponte Velha, ou Ponte de Dom Manuel, é um dos símbolos da lindíssima Cidade de Tomar, na região Centro do País.

Construída sobre o bonito Rio Nabão, um afluente do grande rio Zêzere, que nasce entre as serras de Sicó e da Lousã e atravessa a cidade de Tomar, as suas origens são indefinidas.

Pensa-se que possa ter sido construída sobre ou no aproveitamento de uma anterior edificação Romana, ou ter mesmo origem nesse período.
A Ponte localiza-se junto ao Convento de Santa Iria, e é ainda hoje um dos acessos ao bonito centro histórico da cidade.
A Ponte Velha já terá tido algumas alterações ao longo dos séculos, como em 1480 e 1550, tendo em 1710 o Rei D. João V mandado construir guardas na ponte um uma estátua de São Cristóvão (hoje no Convento de Cristo), tendo sofrido outras obras de restauro mais recentemente.

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Arco Triunfal da Rua Augusta - Praça do Comércio, Lisboa (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A Praça do Comércio, mais conhecida por Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36000 m² (180m x 200m). É o centro da cidade de Lisboa, bem como a sua principal praça.
Em 1511, o rei D. Manuel I transferiu a sua residência do Castelo de São Jorge para este local junto ao rio. O Paço da Ribeira, bem como a sua biblioteca de 70 000 volumes, foram destruídos pelo terramoto de 1755. Na reconstrução, coordenada por Eugénio dos Santos, a praça tornou-se no elemento fundamental do plano do Marquês de Pombal. O Complexo Ministerial com arcadas que circunda a praça, albergam parte dos departamentos dos Ministérios do Governo Português e ainda o famoso café Martinho da Arcada, o mais antigo de Lisboa, e um dos preferidos de Fernando Pessoa.
Após a Revolução de 1910 os edifícios foram pintados a cor-de-rosa. Contudo, voltaram recentemente à sua cor original, o amarelo. O lado sul, com as suas duas torres quadradas, está virado para o Tejo.
No centro da praça, vê-se a estátua equestre de D. José, erigida em 1775 por Joaquim Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. Ao longo dos anos, a estátua de bronze ganhou uma patina verde. No lado norte da praça, encontra-se o Arco Triunfal da Rua Augusta, a entrada para a Baixa. A área serviu como parque de estacionamento até à década de 1990, mas hoje este vasto espaço é usado para eventos culturais e espectáculos.

 

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Fernando Pessoa [130º Aniversário do nascimento].

24.03.18 | TZLX

Clique no link [http://bit.ly/ffoF7T] para acessar a toda a obra poética de Fernando Pessoa.

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta, filósofo e escritor português.
Fernando Pessoa é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever seus primeiros poemas nesse idioma. O crítico literário Harold Bloom considerou Pessoa como "Whitman renascido", e o incluiu no seu cânone entre os 26 melhores escritores da civilização ocidental, não apenas da literatura portuguesa mas também da inglesa.
Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa traduziu várias obras em inglês (e.g., de Shakespeare e Edgar Poe) para o português, e obras portuguesas (nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros) para o inglês.
Enquanto poeta, escreveu sob múltiplas personalidades – heterónimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro –, sendo estes últimos objeto da maior parte dos estudos sobre a sua vida e obra. Robert Hass, poeta americano, diz: "outros modernistas como Yeats, Pound, Elliot inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente... Pessoa inventava poetas inteiros."

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Fauna e Flora de Portugal 2

24.03.18 | TZLX

Poupa (Upupa sp.), ou boubela, poupão, poupa-pão e poupinha, é o nome comum dado às três espécies de aves upupiformes pertencentes à família Upupidae e género Upupa. A distribuição geográfica das poupas é vasta e inclui todo o Velho Mundo, desde a Europa às zonas tropicais da Ilha do Porto Santo (Região Autónoma da Madeira). Em Portugal, a poupa pode ser observada em todo o território continental e no arquipélago da Madeira. Sabe-se que algumas populações são nómadas, mas o seu estatuto de ave residente ou migratória é ainda indefinido.

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 Poupa (Upupa epops).

Fauna e Flora de Portugal 1

24.03.18 | TZLX

O pintassilgo-comum ou apenas pintassilgo (Carduelis carduelis) é uma pequena ave fringilídea, comum em toda a Europa, mais abundante nas zonas central e meridional. É uma residente habitual nas zonas temperadas, mas as populações de latitudes mais altas migram para sul durante o inverno.
São aves de pequeno porte, com tamanho aproximado de 13 cm, com cerca de 20 g, normalmente encontradas em bandos de até 40 indivíduos, fora da estação reprodutora. Na época do acasalamento, os pintassilgos separam-se por pares voltando a se unir após a vinda dos filhotes.
Os pintassilgos nidificam em terrenos abertos e bordas de bosques, em parques e jardins, entre Abril e Maio, pondo 4 a 6 ovos azuis com manchas pretas, que eclodem ao fim de 11 a 14 dias. Faz duas posturas e a incubação é feita pela fêmea.
Alimenta-se basicamente de grãos silvestres. Gosta especialmente de sementes de cardos, o que deu origem ao nome do género. No outono e inverno é avistado frequentemente em prados com muitos cardos. Porém, durante a alimentação das crias, procura também insectos.
O adulto possui a face vermelha e o resto da cabeça preta e branca. As asas são pretas com uma barra amarelo vivo, mais visível durante o voo. Uropígio branco. Bico cor de marfim, mais escuro na ponta, grande e ponteagudo. Cauda furcada. É praticamente impossível distinguir os sexos no campo. O indivíduo jovem apresenta as asas idênticas ao adulto, e o restante corpo castanho-cinza claro com manchas mais escuras.
Tem um canto melodioso, levando a que seja ainda hoje capturado para gaiola, mesmo sendo uma espécie protegida e proibida a captura.

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 Pintassilgo-comum.

Lince Ibérico (Lynx pardinus) ou Lince da Malcata

24.03.18 | TZLX

O lince-ibérico (Lynx pardinus), também conhecido pelos nomes populares lobo-rabo, gato-cerval, liberne, gato-cravo ou gato-lince, é a espécie de felino mais gravemente ameaçada de extinção e um dos mamíferos mais ameaçados. Tem um porte muito maior do que um gato doméstico e o seu habitat restringe-se à Península Ibérica.
A população está limitada a pequenos agregados dispersos, resultado da fragmentação do seu habitat natural devido a factores antropogénicos. Apenas 2 ou 3 agregados populacionais poderão ser considerados viáveis a longo termo. A sua alimentação é constituída por coelhos, mas quando estes faltam ele come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc. O lince-ibérico selecciona habitats de características mediterrânicas, como bosques, matagais e matos densos. Utiliza preferencialmente estruturas em mosaico, com biótopos fechados para abrigo.

 

Foto: Iberian Lynx
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Vila Viçosa

24.03.18 | TZLX

No ano de 1584 quatro jovens nobres japoneses, representantes dos principais senhores cristãos até à data convertidos ao Cristianismo no Japão, desembarcavam em Lisboa numa iniciativa que ficou conhecida por Embaixada Tenshō. Os Jesuítas, os promotores desta viagem que se estendeu por dois anos, procuravam por este meio o encontro de culturas, isto é, mostrar aos Japoneses as maravilhas e a grandeza europeias, e dar a conhecer à Europa um mundo desconhecido igualmente civilizado e evangelicamente promissor.

Em Vila Viçosa visita-se o Palácio Ducal, sede da corte Bragança e emblema das pretensões legítimas desta família à Coroa após a crise de 1580, onde os meninos japoneses ficaram alojados e se entretiveram com os infantes filhos de D. Catarina de Bragança.

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Cântaro Magro [Parque Natural da Serra da Estrela] - Manteigas, Guarda (Portugal).

24.03.18 | TZLX

O Cântaro Magro é um relevo notável (altitude 1978 m) da serra da Estrela, concelho de Manteigas em Portugal, situado na cabeceira do vale glaciar do rio Zêzere, destacando-se do planalto da Torre.
Do sopé do Cântaro Magro no Covão d'Ametade até ao seu cume existe um desnível (parede vertical) de aproximadamente 500m, tratando-se por isso de um dos locais mais interessantes para a práctica de escalada na península ibérica.
Visível de muitos pontos da Estrela, o Cântaro deve a sua origem à existência de grandes afloramentos rochosos pouco fraturados rodeados por zonas de grande densidade de fraturação, com consequente maior sensibilidade à força erosiva da água e do gelo.
A Força de Operações Especiais de Lamego utiliza este local nos seus exigentes treinos de escalada.

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Rio Douro e Ponte de Arrábida [vista do Pavilhão Rosa Mota] - Porto (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A Ponte de Arrábida é uma ponte em arco sobre o Rio Douro que liga o Porto (pela zona da Arrábida) a Vila Nova de Gaia (pelo nó do Candal), em Portugal.
Desde a década de 1930 que era necessário criar ligações alternativas às antigas pontes (pontes Maria Pia e D.Luís) de modo a responder ao crescente fluxo da circulação viária.
No tempo da sua construção em 1963, a ponte tinha o maior arco em betão armado de qualquer ponte no mundo.
O comprimento total da plataforma é de 614,6m , tendo uma largura de 26,5m. O seu vão de 270 m, e 52 m de flecha, arco esse constituído por duas costelas ocas paralelas, de 8m de largura ligadas entre si por contraventamento longitudinal e transversal. Tinha duas faixas de rodagem e duas faixas laterais para peões e ciclistas. Na década de 90 foi alterado o número de faixas rodoviárias.
O engenheiro responsável pelo seu projecto e construção foi Edgar António de Mesquita Cardoso que teve a colaboração do arquitecto Inácio Peres Fernandes e do engenheiro José Francisco de Azevedo e Silva.

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Lagoinhas do Vale Fundo - Angra do Heroísmo, IlhaTerceira, Açores (Portugal).

24.03.18 | TZLX

As zonas húmidas são dos ecossistemas mais ricos e produtivos do mundo, em termos de diversidade biológica, possuindo grandes concentrações de aves aquáticas, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados, sendo a água o elemento estruturante destes ecossistemas. Estes espaços têm associados muitos valores e funções, tais como o controlo de inundações (retendo o excesso de água), a reposição de águas subterrâneas, a regulação do ciclo da água, a produção de biomassa, a retenção dos sedimentos e nutrientes, a mitigação das alterações climáticas (através da captura de dióxido de carbono da atmosfera e a libertação de oxigénio, com a fotossíntese). Realçam-se igualmente pelos valores culturais, turísticos e recreativos, sendo actualmente muito procuradas para a prática de ecoturismo.
Nos Açores existem zonas húmidas costeiras (com influência marinha) e zonas húmidas terrestres (sem influência marinha directa). Do conjunto das zonas húmidas, foram oficialmente designados 13 sítios Ramsar, com uma área total de aproximadamente 13 mil ha. que abrangem uma área total superior a 13 mil hectares.
Os sítios Ramsar designados nos Açores valem pela sua raridade no contexto internacional, nomeadamente as zonas húmidas do tipo geotérmico ou turfeiras com vegetação arbórea. Estes sítios enquadram-se plenamente nos objectivos da Convenção Ramsar por serem exemplos representativos de cada tipo de zona húmida presente nesta região biogeográfica e desempenharem um papel importante, ao nível hidrológico, no funcionamento de sistemas completos de bacias hidrográficas ou de costa, como as fajãs de São Jorge e os complexos vulcânicos do Fogo, Sete Cidades e Furnas e ainda, o planalto central das Flores, que engloba as lagoas mais emblemáticas.
Atendendo à importância de todas as zonas húmidas designadas na Região e, em particular, das lagoas por serem reservas estratégicas de água, tornou-se urgente e prioritário a adopção de medidas concretas para a sua preservação e gestão, que estão plasmadas nos planos de ordenamento de bacias hidrográficas de lagoas e planos de ordenamento da orla costeira, reiterando-se assim, o interesse público na protecção destes ecossistemas sensíveis do ambiente insular.
Face ao actual enquadramento comunitário da política da água, as massas de água referidas anteriormente estão contempladas nos planos de gestão dos RH de ilha, em elaboração. Estes planos de gestão de recursos hídricos, que integrarão o plano de gestão de região hidrográfica dos Açores, incluem tanto os programas de medidas, com vista a melhorar ou manter o bom estado ecológico e químico das massas de água, como os programas de monitorização já estabelecidos na Região.
Salienta-se a importância das zonas húmidas em termos de salvaguarda dos recursos hídricos, pois estas funcionam como reservatórios naturais que libertam as águas acumuladas das chuvas, de modo gradual, para os aquíferos e cursos de água. Nesta função, dá-se especial relevo ao planalto central da ilha Terceira, pelas suas características hidrológicas que favorecem a recarga de aquíferos.
No entanto, as zonas húmidas são ecossistemas sensíveis e encontram-se gravemente ameaçados a nível mundial, pela poluição, urbanização e industrialização, intensificação da agricultura, pesca e piscicultura, caça ilegal, turismo insustentável, entre outras.
Finalmente, para além do valor paisagístico, hidrológico, de biodiversidade e de comunidades ecológicas, não podemos deixar de mencionar o seu valor e turístico, e até mesmo sócio económico, como o caso dos ecossistemas lacustres, nomeadamente das lagoas das Sete Cidades inseridas no complexo vulcânico das Sete Cidades.
Embora as zonas húmidas dos Açores constituem muitos dos nossos ex-líbris paisagísticos, estas também estão relacionadas com alguns dos nossos maiores problemas, como cheias e derrocadas, pelo que se considera de grande importância o envolvimento das populações locais na conservação das zonas húmidas.
A conservação, valorização e criação adequada das Zonas Húmidas são assim aspectos de grande relevância. Daí que, desde 1997, se celebre o dia mundial das zonas húmidas a 2 de Fevereiro, data em que foi assinada a Convenção de Ramsar, no ano de 1971, na cidade iraniana de Ramsar. Este dia foi comemorado pela primeira vez em Portugal em 1998, por iniciativa do Instituto da Conservação da Natureza.

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Rio Douro e Pontes Infante Dom Henrique e D. Luís - Porto (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A Ponte Infante Dom Henrique, também conhecida como Ponte do Infante, é uma ponte rodoviária que liga Vila Nova de Gaia ao Porto, sobre o rio Douro, em Portugal.
Baptizada em honra do Infante D. Henrique, nascido no Porto, é a mais recente e, segundo muitos, a mais esbelta ponte que liga Porto e Gaia. Foi construída para substituir o tabuleiro superior da Ponte Luís I, entretanto convertida para uso da "Linha Amarela" (Hospital de São João/Santo Ovídio) do Metro do Porto.
Foi construída pouco a montante da Ponte Luís I, em plena zona histórica, ligando as Fontainhas (Porto) à Serra do Pilar (Vila Nova de Gaia).
O engenheiro José Antonio Fernández Ordóñez da empresa espanhola IDEAM foi o responsável pelo projecto desta ponte, projectada pelos engenheiros António Adão da Fonseca e Francisco Millanes Mato. A ponte possui 371 metros de extensão e 20 metros de largura, com duas vias de rodagem em cada sentido. Tem um separador central com 1 m de largura e passeios laterais de 3 m com guarda de segurança e guarda corpos. A iluminação está colocada à cota baixa, permitindo uma perfeita iluminação da via, sem sombras. A colaboração portuguesa, de adequação aos regulamentos portugueses em vigor, foi assegurada pela Afassociados.
Dotada de um arco em betão armado de 280 metros, a nova travessia demorou 27 meses a ser construída e implicou um investimento de 14 milhões de euros.
A ponte é constituída por uma viga caixão com 4,5 m de altura apoiada num arco flexível com 1,50 m de espessura. Trata-se de uma ponte à cota alta com uma extensão de 371 m e 20 m de largura no tabuleiro. Apresenta uma solução de arco semelhante à adoptada pelo engenheiro suíço Robert Maillart nas suas pontes alpinas, com uma flecha entre os fechos e o arranque do arco de 25 m para um vão de arco com 280 m (relação vão/flecha de 11,2), o que, como já vem sendo tradição nas pontes entre o Porto e Gaia, constituiu um recorde mundial nesta tipologia de pontes e serviu de referência a inúmeras pontes posteriormente construídas.
A Ponte Luís I ou Luiz I, popularmente também chamada Ponte D. Luís, é uma ponte em estrutura metálica com dois tabuleiros, construída entre os anos 1881 e 1888, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia (margem norte e sul, respectivamente) separadas pelo rio Douro, em Portugal.
Esta construção veio substituir a antiga ponte pênsil que existia no mesmo local e foi realizada mediante o projecto do engenheiro belga Théophile Seyrig, que já tinha colaborado anteriormente com Gustave Eiffel na construção da ponte Maria Pia, ferroviária.
A ponte foi inaugurada em 1886 (tabuleiro superior) e 1888 (tabuleiro inferior e entrada em total funcionamento).

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Festas da Cidade [Festas de Santo António] – Lisboa (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A cidade de Lisboa festeja o seu santo padroeiro, todos os anos, durante o mês de Junho. O culto a Santo António está associado a ritos de fertilidade daí ser tradição os jovens queimarem alcachofras para saber do futuro dos seus amores e pedirem a sua protecção. Dada a fama de santo protector contra todos os males e também a de ser casamenteiro, os poderes públicos instituíram, a partir dos anos 50, a tradição das Noivas de Santo António. Mas, o auge das Festas de Santo António são as Marchas Populares, que representam os diversos bairros lisboetas. Este acontecimento leva milhares de espectadores á Avenida da Liberdade. A festa acaba com os arraiais montados nos mais típicos bairros de Lisboa, em especial em Alfama e na Madragoa, onde o centro das celebrações é a sardinha assada e a sangria.

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As Festas de Santo António

24.03.18 | TZLX

Em Portugal, Santo António é muito venerado na cidade de Lisboa e o seu dia, 13 de Junho, é feriado municipal.
As festas em honra de Santo António começam logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza as marchas populares, grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes bairros.
Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer às namoradas, as quais trazem bandeirinhas com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa. A festa dura toda a noite e, um pouco por toda a cidade, há arraiais populares, locais de animação engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, febras de porco (fêveras), caldo verde (uma sopa feita com couve galega, cortada aos fiapos, o que lhe confere uma cor esverdeada) e se bebe vinho tinto. Ouve-se música e dança-se até de madrugada, sobretudo no antigo e muito típico Bairro de Alfama.
Santo António é o santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho. São conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família.

 

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A Língua Portuguesa no Mundo.

24.03.18 | TZLX

Os falantes de português são 244 milhões em todo o mundo.

As estatísticas são do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e foram transmitidas à Lusa pela presidente, Ana Paula Laborinho, a propósito da II Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema  Mundial, que decorre entre terça e quarta-feira em Lisboa. 
Também o site do Observatório da Língua Portuguesa, que reúne diversas fontes para construir as suas estatísticas, aponta para 244,392 milhões de falantes de português em todo o mundo, mas coloca o português como a  quarta língua mais falada do mundo, atrás do mandarim, do espanhol e do  inglês. 
Com efeito, a posição do português nas listas das línguas com maior número de falantes varia conforme os critérios das organizações que as elaboram.
No site do Observatório da Língua Portuguesa, é explicado como se chega aos 244 milhões de falantes. 
Falado nos cinco continentes, o português é a língua oficial de oito países: Angola (19,8 milhões de habitantes), Brasil (194,9 milhões), Cabo Verde (496 mil), Guiné-Bissau (1,5 milhões), Moçambique (23,3 milhões), Portugal (10,6 milhões), São Tomé e Príncipe (165 mil) e Timor-Leste (1,1  milhões). 
Contudo, só nos casos de Portugal e do Brasil é contabilizada toda a  população como falante de português. Em Timor-Leste, por exemplo, apenas 20% dos habitantes falam português, enquanto na Guiné-Bissau são 57%, em  Moçambique 60%, em Angola 70%, em Cabo Verde 87% e em São Tomé e Príncipe  91%, revelam os dados do observatório. 
Por outro lado, é preciso contabilizar também as diásporas, que todas juntas ascendem a quase 10 milhões de falantes de português, incluindo os  4,8 milhões de emigrantes portugueses e três milhões de brasileiros, segundo  dados de 2010. 
A língua portuguesa é ainda falada em locais por onde os portugueses passaram ao longo da História como Macau, Goa (Índia) e Malaca (Malásia).
Segundo o Observatório da Língua Portuguesa, o português é a língua mais falada no hemisfério sul, com 217 milhões de falantes em Angola, Brasil, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. 
Entre as línguas europeias, o português surge como a terceira mais falada e um estudo da Bloomberg considera-o a sexta língua do mundo mais utilizada nos negócios. 
Na Internet, a importância do português tem vindo a crescer, sendo hoje o quinto idioma mais utilizado, por 82,5 milhões de cibernautas, segundo o site Internet World Stats. 
O número de utilizadores da Internet em português aumentou 990% entre 2000 e 2011, mas nesse ano ainda só representava 3,9% do total de cibernautas e 32,5% do total de falantes de português no mundo, o que permite antecipar  que ainda tenha muito por onde aumentar. 
Já no Facebook, o português é a terceira língua mais usada, por 58,5 milhões de utilizadores, a seguir ao inglês (359 milhões) e ao espanhol  (142 milhões). Além disso, a língua portuguesa foi a que mais cresceu naquela  rede social, com um aumento de mais de 800% entre 2010 e 2012. 
Também no Twitter, o português é a terceira língua mais usada, representando 12% do total de tweets enviados, a seguir ao inglês (39%) e ao japonês (14%).
Todos estes números tenderão no entanto a mudar, à medida que muda o mapa do português no mundo. Segundo estimativas do Governo português, tendo em conta a evolução demográfica, até 2050 o número de pessoas no mundo a falar a língua de Camões deverá aumentar para 335 milhões.

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Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

24.03.18 | TZLX

Estátua de Luís de Camões [Praça de Luís de Camões] – Lisboa (Portugal).

A Praça de Luís de Camões, coloquialmente Praça Luís de Camões ou Largo de Camões, localiza-se no Bairro Alto, na freguesia da Misericórdia, em Lisboa.
A sua toponímia deve-se por ter sido vontade de ser aí instalada uma estátua ao imortal poeta português d'Os Lusíadas, inaugurada em 9 de Outubro de 1867, impulsionada pela vontade de enaltecer o patriotismo pela Comissão Central 1.º de Dezembro de 1640.
É composta por uma figura em bronze no centro de uma Praça empedrada com calçada portuguesa. Com a estátua de Luís de Camões colocada ao centro, é mais que uma bela e discreta praça urbana, é também um signo imperativo de conceitos modernos de cidadania, corporizados na figura de um herói - poeta, eterno exilado que morrera pobre e só. O autor / escultor do monumento, construído entre 1860 e 1867, foi Vítor Bastos. Foi inaugurado com grande cerimonial e participação pública, em 1867, sendo uma das grandes esculturas urbanas de grande escala a animar um espaço tradicional. O conjunto é constituído pela figura do poeta executada em bronze com seis metros de altura, e é caracterizado por um paralelepípedo facetado, cujas arestas se acostam às figuras mais prestigiadas da cultura clássica nacional - de Fernão Lopez a Zurara, de Pedro Nunes e João de Barros. A praça foi urbanizada em 1859, após a destruição e remoção das ruínas do velho Palácio do marquês de Marialva e do Loreto. Esta praça serve também como porta de acesso para o Bairro Alto, o principal centro de animação nocturna da cidade de Lisboa.

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DIA DE CAMÕES

24.03.18 | TZLX

Luís Vaz de Camões (Lisboa[?], ca., 1524 - Lisboa, 10 de Junho de 1580) foi um poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.
Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de Dom João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, se autoexilou em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei Dom Sebastião pelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.
Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cómico. Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e da escassa atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestígio sempre crescente entre o público e os conhecedores e influenciando gerações de poetas em vários países. Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.

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Mosteiro dos Jerónimos – Lisboa (Portugal).

24.03.18 | TZLX

Perto do local onde o Infante D. Henrique, em meados do séc. XV, mandou edificar uma igreja sobre a invocação de Sta. Maria de Belém, quis o rei D. Manuel I construir um grande Mosteiro. Para perpetuar a memória do Infante, pela sua grande devoção a Nossa Senhora e crença em S. Jerónimo, D. Manuel I decidiu fundar em 1496, o Mosteiro de Sta. Maria de Belém, perto da cidade de Lisboa, junto ao rio Tejo. Doado aos monges da Ordem de S. Jerónimo, é hoje vulgarmente conhecido por Mosteiro dos Jerónimos.
O Mosteiro é um referente cultural que não escapou nem aos artistas, cronistas ou viajantes durante os seus cinco séculos de existência. Foi acolhimento e sepultura de reis, mais tarde de poetas. Hoje é admirado por cada um de nós, não apenas como uma notável peça de arquitectura mas como parte integrante da nossa cultura e identidade.
O Mosteiro dos Jerónimos foi declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, a UNESCO classificou-o como "Património Cultural de toda a Humanidade".

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Cabo Mondego [Monumento Natural do Cabo Mondego] - Figueira da Foz (Portugal).

24.03.18 | TZLX

O Cabo Mondego situa-se na costa marítima portuguesa, pelo que é banhado pelo Oceano Atlântico. Localiza-se na ponta ocidental da Serra da Boa Viagem, a uma latitude de 40º 11´ 3´´ N e a uma longitude de 08º 54´34´´W, a 3 km a norte da cidade da Figueira da Foz. Cortado a pique e com inúmeras falésias, tem cerca de quarenta metros de altitude. Junto dele está localizado o Farol do Cabo Mondego, com quinze metros de altura, destinado ao apoio da navegação marítima. Do ponto de vista geológico, este cabo tem um alto valor científico, como é reconhecido mundialmente. foi classificado como Monumento Natural, pelo Decreto Regulamentar n.º 82/2007, de 3 de Outubro.
Os afloramentos jurássicos do cabo Mondego constituem um conjunto de excecional importância, nacional e internacionalmente reconhecida. Para além dos elevados valores presentes nos domínios da paleontologia de amonites, da paleoecologia de ambientes de transição, da sedimentologia e da paleoicnologia dos dinossáurios, este conjunto sobressai, em particular, no domínio da estratigrafia.
O perfil geológico da passagem aaleniano-bajociano, consagrado como estratotipo de limite pela International Union of Geological Sciences, constitui um padrão internacional de referência, que materializa e representa um limite específico do tempo geológico, o que acontece pela primeira vez em Portugal.
A qualidade exemplar do registo geológico dos afloramentos emersos e submersos, expostos de forma contínua e correspondendo a um intervalo de 50 milhões de anos, conjugada com a situação geográfica estratégica, que proporciona excelentes condições de observação e estudo, conferem ao cabo Mondego um valor científico, pedagógico e didático inexcedível, para além do seu grande interesse geomorfológico e notável qualidade paisagística.

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Funicular dos Guindais - Porto (Portugal).

24.03.18 | TZLX

O Funicular dos Guindais, construído em 1891, foi totalmente recuperado, depois de um século de inactividade.
Mais do que um simples meio de transporte, o Funicular dos guindais é uma excelente oportunidade de fazer um passeio Turístico entre duas zonas monumentais da cidade.
Da Batalha à Ribeira, ou vice versa, apenas dois minutos com a possibilidade de desfrutar de uma vista soberba sobre o Douro e a Ponte Luís I.

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Castelo e espigueiros do Lindoso - Lindoso, Ponte da Barca (Portugal).

24.03.18 | TZLX

O Castelo de Lindoso localiza-se, na freguesia e lugar de Lindoso, concelho de Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo, em Portugal.
Sobranceiro a terras de Espanha, em posição dominante na serra Amarela, sobre a margem esquerda do rio Lima, este castelo foi erguido de raiz, na Idade Média, com a função de vigia, defesa e marco de soberania da fronteira. Embora não tenha estado envolvido em grandes batalhas ou episódios de história militar, é considerado como um dos mais importantes monumentos militares portugueses, pelas novidades técnicas e arquitetônicas que ensaiou, à época, no país.
O espigueiro, também chamado canastro, caniço ou hôrreo, é uma estrutura normalmente de pedra e madeira, existindo no entanto alguns inteiramente de pedra, com a função de secar o milho grosso através das fissuras laterais, e ao mesmo tempo impedir a destruição do mesmo por roedores através da elevação deste. Como o milho requer que seja colhido no Outono, este precisa de estar o mais arejado possível para secar numa estação tão adversa como o Inverno.
No território de Portugal Continental, encontram-se principalmente a Norte, em particular na região do Minho.
Na Galiza, em Espanha, existem espigueiros idênticos aos que existem em Portugal. Também há estruturas semelhantes nas regiões espanholas de Navarra, Astúrias, Cantábria e na província de León, onde recebem o nome de "hórreo".
Também existem construções muito semelhantes na Escandinávia, em especial na Noruega, onde são chamados "stabbur" e na Suécia, chamados "härbre"

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Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra - Coimbra (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A Biblioteca Joanina é uma biblioteca do século XVIII situada no Palácio das Escolas da Universidade de Coimbra, no pátio da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Apresenta um estilo marcadamente rococó, sendo reconhecida com uma das mais originais e espectaculares bibliotecas barrocas europeias. Além de local de pesquisa de muitos estudiosos, o espaço é ainda frequentemente utilizado para concertos, exposições e outras manifestações culturais.

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Mergulho nos Açores – Açores (Portugal).

24.03.18 | TZLX

Localizado no coração do Oceano Atlântico encontramos o arquipélago dos Açores, nove ilhas e um mar de emoções à espera de serem descobertos. As mais remotas ilhas do Atlântico Norte encontram-se a poucas horas de distância do continente Europeu e Norte-Americano, oferecendo uma enorme variedade de locais de mergulho e uma vida marinha rica e abundante. Desde mergulhar com o maior peixe do mundo (o tubarão baleia) nas suas águas cristalinas, a encontrar-se rodeado de dezenas de graciosas jamantas ou ágeis tubarões azuis, tudo é possível neste Oásis de vida marinha do Atlântico.
A sua localização em pleno Oceano Atlântico Norte, numa zona de transição entre as correntes ricas em nutrientes vindas do norte e as águas quentes da corrente do Golfo, tornam este grupo de Ilhas num autêntico santuário para uma grande e variada quantidade de espécies marinhas. Dotadas de uma riqueza e biodiversidade marinhas únicas, ocorrem nas águas dos Açores cinco espécies de tartarugas marinhas, mais de 24 diferentes espécies de cetáceos, e cerca de 600 espécies de peixes, incluindo grandes cardumes de peixes pelágicos, várias espécies de tubarões, graciosas mantas e jamantas e afáveis meros.
Apesar dos Açores ser considerado um dos melhores locais do mundo para a observação de cetáceos, e o Cachalote o ex-libris dos Açores, cada vez mais os mergulhadores que aqui se aventuram, descobrem que, neste grupo de ilhas de águas amenas e de uma visibilidade incrível, se escondem algumas das melhores experiencias subaquáticas a nível Europeu e mundial. Acima de água, as paisagens vulcânicas do arquipélago tornam uma visita a estas ilhas, consideradas em 2011 um dos melhores destinos de verão pela revista National Geographic traveller, uma experiência única, marcadas por encostas verdejantes recortadas por falésias, fajãs, lagoas e cascatas onde reina tranquilidade, harmonia, paz e sossego.
É possível mergulhar em todas as ilhas do arquipélago, que oferecem experiências tão diversificados como mergulhos costeiros, mergulhos em naufrágio, mergulho em grutas, mergulho com tubarões, e um dos ex-líbris dos Açores - o mergulho em montes submarinos remotos - onde o encontro com dezenas de Jamantas e grandes cardumes de peixes pelágicos são regulares. Debaixo de água estas ilhas são tão diferentes como à superfície, com Tubarões baleia num ilha e tubarões azuis noutra, ou um naufrágio da segunda guerra mundial numa ilha e vestígios de naufrágios do sec. XV e XVI noutra. Os mergulhos costeiros têm, no entanto, alguns elementos em comum. Testemunho da origem vulcânica deste arquipélago, as Ilhas dos Açores apresentam uma costa com um relevo de fundo muito variado, dotando os locais de mergulho de um interesse geológico acrescido, com impressionantes arcos formados por fluxos de lava milenares e grutas profundas, muitas vezes formadas por várias câmaras interligadas entre si.
A vida marinha costeira caracteriza-se pela presença dos amigáveis meros, curiosos cardumes de peixe porco, bem como de várias espécies de pequenos e coloridos nudibrânquios, polvos e moreias, que se escondem por entre as rochas. Pequenos peixes dão cor ao fundo de rocha negra, como os peixes rei, peixes rainha, castanhetas amarelas, vejas e muitos outros. A maior profundidade, os rocazes, peixe cão e anthias marcam presença muitas vezes junto a grandes ramadas de coral negro. Mas convêm que não se deixe distrair com as espécies que percorrem o fundo do mar, pois a coluna de água é muitas vezes preenchida por cardumes de bicudas, lírios, enxareús, e, para os mais afortunados, uma majestosa jamanta, tartaruga ou peixe lua. No entanto os montes submarinos distantes da costa são sem dúvida o melhor local para avistar grandes peixes pelágicos, contando com cardumes de por vezes milhares de bonitos, grandes lírios a patrulhar o fundo, e centenas de grandes bicudas estáticas na coluna de água a observar os mergulhadores. É nessa profundidade atlântica que os Açores se destacam e se tornam um destino único de mergulho.
Fruto da origem vulcânica destas ilhas, que se estendem ao longo da cadeia de vulcões submarinos da Crista Média Atlântica, existem nos mares dos Açores elevações de terra que emergem de grandes profundidades do fundo oceânico, por vezes superiores aos 1000m, até poucos metros da superfície - os chamados montes submarinos. Alguns deles formaram, outrora, ilhas que foram engolidas pelo mar em tempos distantes e muitos outros encontram-se demasiado longe das ilhas ou demasiado profundo para serem visitados. No entanto os montes submarinos que são acessíveis para a prática do mergulho, como é o caso do Banco Princesa Alice, Banco D. João de Castro, Ilhéus das Formigas e Banco Dollabarat, apresentam uma variedade única de ecossistemas marinhos que vão desde uma incrível abundância de espécies mais comuns do fundo marinho dos Açores a grandes cardumes de peixes pelágicos, grupos de dezenas de graciosas jamantas e mesmo algumas espécies de cetáceos.
Mergulhe nos Açores e descubra um mar de emoções!

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Ponte Vasco da Gama [Rio Tejo] - Lisboa (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A Ponte Vasco da Gama é uma ponte sobre o rio Tejo, na área da Grande Lisboa, ligando Montijo e Alcochete a Lisboa e Sacavém, muito próximo do Parque das Nações, onde se realizou a Expo 98. Inaugurada a 29 de março de 1998, a ponte é a mais longa da Europa e é actualmente a nona mais extensa de todo o mundo, com os seus 17,3 km de comprimento, dos quais 12 estão sobre as águas do estuário do Tejo. Na sua inauguração foi servida uma feijoada que teve direito a inscrição no Guinness World Records.
O vão (comprimento do tabuleiro) do viaduto central é de 420 m. Foi construída a fim de constituir uma alternativa à ponte 25 de Abril para o trânsito que circula entre o norte e o sul do país na zona da capital portuguesa.
Aquando da sua construção foi necessário tomar especiais cuidados com o impacto ambiental, visto que atravessa o Parque Natural do Estuário do Tejo, uma importante área à escala europeia de alimentação e nidificação de aves aquáticas. Foi também necessário proceder-se ao realojamento de 300 famílias.
O nome da ponte comemora os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498.
É uma das mais altas construções de Portugal, com 155 m de altura.

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Costa Vicentina - Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (Portugal).

24.03.18 | TZLX

O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina estende-se por uma faixa estreita do litoral, Costa Sudoeste, entre S. Torpes e Burgau, com uma extensão de 110 km, sendo a área total de cerca de 131 000 ha. A Costa Sudoeste como é denominada, por vezes, esta zona, corresponde a uma zona de interface mar-terra com características muito específicas que lhe conferem uma elevada diversidade paisagística, incluindo alguns habitats que suportam uma elevada biodiversidade, tanto florística como faunística.
A rede hidrográfica da Costa Sudoeste é constituída por cursos de água pertencentes à bacia hidrográfica do rio Mira e à bacia hidrográfica do Barlavento Algarvio constituída, por alguns sistemas atípicos temporários, para a sustentação de elevado número de espécies da flora e da fauna, incluindo algumas espécies de peixes prioritárias e endémicas. As suas galerias ripícolas constituem um habitat relevante para a migração de passeriformes transharianos bem como para a alimentação e refúgio de várias espécies de mamíferos. Mas, não mais importantes, são alguns estuários com as suas zonas de nursery para várias espécies de peixes, como habitat privilegiado de alimentação, repouso e nidificação para aves migradoras.
No que respeita aos aspetos económicos, destaca-se o setor primário, ligado à atividade agrícola e à pecuária. Grande parte da área encontra-se ocupada por terrenos agrícolas, maioritariamente por sistemas e culturas tradicionais, com exceção da área ocupada pelo Perímetro de Rega do Mira, onde a disponibilidade de água tem permitido a reconversão e intensificação dos sistemas produtivos.

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Claustros da Sé do Porto – Porto (Portugal).

24.03.18 | TZLX

As origens da Sé do Porto recuam à Alta Idade Média, provavelmente aos tempos suevos, de que subsistem indícios dando conta da existência de um bispo do Porto. Mais tarde, com a presúria de Vímara Peres, em 868, a antiga catedral teria sido reedificada, conjuntamente com outras igrejas da região, época de que restam testemunhos arqueológicos muito fragmentados. Em 1110, foi nomeado bispo do Porto D. Hugo, homem oriundo de Compostela e que impulsionou a construção de uma catedral românica. O projecto previa um corpo amplo de três naves, transepto, cabeceira tripartida e um deambulatório de capelas radiantes, à maneira das catedrais de peregrinação do Ocidente europeu. Por razões ainda desconhecidas, o estaleiro abrandou o ritmo de laboração pelos meados do século e só foi reanimado pelo bispo D. Fernando Martins (1176-1185), que recrutou mão-de-obra em Coimbra, onde se incluía o arquitecto Soeiro Anes. Terá sido ele a concluir a catedral, em particular o seu portal românico (de que restam alguns vestígios), embora as obras tenham entrado pelo século XIII, como se comprova pela rosácea já gótica da frontaria. Nos anos do Gótico, a Sé foi ampliada com alguns espaços hoje emblemáticos e que provam a vitalidade do burgo portuense, das suas classes dirigentes e membros mais destacados da sociedade. O claustro data de finais do século XIV, mandado erguer pelo bispo D. João, homem fiel à nova dinastia de Avis. O produto final, de clara qualidade plástica fruto do tempo em que foi levantado, segue a tipologia comum dos claustros góticos portugueses, com vãos geminados sobrepujados por um óculo e ladeados por contrafortes, como encontramos nas Sés de Lisboa e de Évora ou no Mosteiro de Alcobaça. O segundo andar do claustro foi objecto de um revestimento azulejar no século XVIII, da responsabilidade de António Vital Rifarto, que concebeu um programa típico do ciclo dos Grandes Mestres, com cenas alusivas ao Cântico dos Cânticos e dos Salmos. Igualmente gótica é a capela funerária privada de João Gordo – que aqui se sepultou num túmulo com jacente -, espaço que constitui o "equivalente ideológico" à Capela de Bartolomeu Joanes na Sé de Lisboa. A actual capela-mor data dos inícios do século XVII, por iniciativa do bispo D. Gonçalo de Morais, e é um espaço com cobertura em abóbada de berço com caixotões, e onde o mármore aparece como material decorativo mais nobre. No século XVIII, o cabido encomendou o retábulo-mor (1727-1729) a Santos Pacheco, que concebeu, então, uma obra inovadora, recorrendo à capacidade do entalhador lisboeta Miguel Francisco da Silva. O espaço das naves mantém ainda a sua fisionomia original românica, com apontamentos artísticos de épocas mais recentes, como no caso da pia baptismal, renascentista, ou os dois púlpitos de mármore do século XVII. A majestosa fachada principal, que mantém ainda as torres românicas e o óculo original no corpo central, foi remodelada em 1772, numa campanha rococó que substituiu o primitivo portal românico e conferiu ao alçado poente o aspecto cenográfico que hoje possui, com o portal ladeado por duas colunas geminadas que suportam um frontão que termina em nicho, onde se conserva a imagem da padroeira da Sé do Porto, Nossa Senhora da Assunção. A Sé do Porto tem sido objecto de intervenções continuadas desde 1993, de que se destacam a reabilitação das coberturas, o restauro da pintura mural da sacristia gótica e a inauguração do núcleo museológico do "Tesouro da Sé". Do programa de trabalhos actualmente em curso e/ou a desenvolver no futuro imediato, fazem parte estudos histórico-arqueológicos integrados do monumento, a continuação dos restauros do retábulo de Nossa Senhora da Piedade, retábulos do claustro gótico e frescos do quarto janelão da cabeceira. De âmbito estrutural são as obras de reabilitação das torres sineiras, coberturas da ala sul/poente, coberturas da Capela do Santíssimo e da sacristia paroquial, bem como a conservação dos rebocos interiores.

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Cascata do Pego do Inferno - Tavira, Algarve (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A Cascata do Pego do Inferno é a maior de um conjunto de três cascatas (Cascata do Pomarinho e Cascata da Torre) formadas em tufos calcários existentes na ribeira da Asseca em Santo Estêvão, perto de Tavira, no Algarve. Tufo calcário é um tipo de rocha formada em águas de origem cársica que após perderem dióxido de carbono ficam sobressaturadas em carbonato de cálcio que se acumula no fundo de cursos de água, em cascatas, lagos ou qualquer outro ambiente aquático.
Esta cascata, uma das mais curiosas de Portugal, cuja queda de água não é muito alta, ronda os três metros, dá origem a uma lagoa de tons verdes azeitona. Cor quente e mediterrânica que lhe advém da profundidade das suas águas e da cor dos terrenos e da vegetação onde se insere.
Sobre esta cascata e a sua lagoa contam-se lendas e histórias que aumentam em muito a profundidade da lagoa que após medições foi certificada em cerca de sete metros.

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Nascentes termais - Furnas, Ilha de São Miguel, Açores (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A freguesia das Furnas constituída como freguesia em 1791 e atualmente com 1439 habitantes é uma das mais belas localidades do arquipélago açoriano, vulgarmente conhecida como a “Sala de Visitas dos Açores”. O seu nome está relacionado com os fenómenos de vulcanismo secundário existentes no Vale das Furnas, denominados por fumarolas ou “caldeiras”.
No entanto, há quem diga que a maior riqueza do Vale das Furnas se encontra na diversidade das águas minerais e termais das suas nascentes, sendo considerado, por especialistas, a maior hidrópole do mundo.
Estas justificaram a construção de instalações balneares públicas e privadas de águas termais devido à sua função terapêutica e que outrora consistiram num grande chamariz para cura de doenças. Atualmente, ainda se podem visitar algumas banheiras em desuso onde os enfermos se imergiam em águas terapêuticas. Dos antigos balneários medicinais destacam-se o balneário de António Albuquerque que se transformou num posto de vendas de artesanato – Loja Cooperativa Celeiro da Terra ou o Chalet da Tia Mercês, antigos banhos de José Jacinto ou Balneário de José Maria Raposo do Amaral.
Atualmente encontra-se em remodelação para a criação de um complexo turístico e SPA, o Centro Termal das Furnas.
Neste paraíso idílico, podemos observar a Lagoa das Furnas, de margens floridas e verdejantes, onde se encontra, de um lado, a Ermida de Nossa Senhora das Vitórias e, do outro, a zona onde é confecionado o famoso cozido das Furnas.
O concelho da Povoação é, igualmente, conhecido pela magnificência dos seus parques e jardins. Aqui, podemos encontrar um vasto e diversificado número de parques, dos quais destacamos o Mata-Jardim José do Canto, o Jardim D. Beatriz, o Jardim da Fonte Bela (Família M. Perrina), o Jardim António Borges (Família Gomes da Câmara), o Parque dos Serviços Florestais e Parque Terra Nostra, local onde se pode vislumbrar uma grande variedade de arbustos e árvores, algumas com mais de 200 anos de existência, bem como a sua piscina termal que tão bem o caracteriza.

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Capela de Nossa Senhora da Rocha – Porches, Algarve (Portugal).

24.03.18 | TZLX

Senhora da Rocha é uma pequena comunidade piscatória no concelho de Lagoa, mais concretamente na orla costeira da freguesia de Porches, no Algarve. Uma das suas praias é a Praia da Senhora da Rocha e por sinal a mais rústica das proximidades, pois é usada como refúgio para os barcos dos pescadores.
A praia é flanqueada por falésias, mas de especial interesse a falésia Oeste onde se encontra a Forte e Capela de Nossa Senhora da Rocha. Ainda nesta falésia existe um túnel escavado na rocha, que liga a Praia da Senhora da Rocha com a Praia Nova.
O facto da Praia da Senhora da Rocha estar protegida por altas arribas não só traz uma grande vantagem para os pescadores, como também para os turistas nos dias de ventos menos agradáveis.

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Praia da Marinha – Lagoa, Algarve (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A Praia da Marinha é uma das mais bonitas e emblemáticas praias de Portugal, considerada, ainda, como uma das 10 mais belas praias da Europa e uma das 100 mais belas praias do Mundo pelo Guia Michelin, tendo chegado inclusivé a ser distinguida com o galardão "Praia Dourada" pelo Ministério do Ambiente, em 1998, devido aos seus valores naturais singulares. Além dessa honrosa distinção, passou ainda a ser a imagem promocional do 'Guia de Portugal' distribuído por todo o mundo.
Esta praia situada no sítio da Caramujeira, em plena zona costeira do concelho de Lagoa, no Algarve, tornou-se bastante conhecida não só pelas suas belas falésias, como ainda pela alta qualidade da água que permite vislumbrar o fundo marinho com uma visibilidade única. A Praia da Marinha tem sido muito utilizada pelas agências de publicidade internacionais e pelas estações de televisão para a gravação de anúncios.

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Ponte sobre o Rio Nabão - Tomar (Portugal).

24.03.18 | TZLX

Cidade localizada nas margens do rio Nabão, pertencente ao distrito de Santarém na província do Ribatejo, com uma área de 351 km2 e 41.537 habitantes, foi conquistada ao Mouros por D. Afonso Henriques em 1147 sendo depois doada por este monarca aos Templários em 1159. A 1 de março de 1160 foi fundada Tomar com o início da construção do castelo. D. Gualdim Pais concedeu-lhe foral em 1162.
Com a extinção da Ordem do Templo em 1312 por decisão do Papa Clemente V, que queria ver os templários banidos da Europa, foi fundada a Ordem de Militar de Cristo. Devido à necessidade de defender a fronteira algarvia, a sede desta Ordem transferiu-se para Castro Marim. Trinta e sete anos depois, voltou a fixar-se em Tomar mais concretamente no seu castelo.
Assim Tomar viria a ser o centro originador e principal sustentador da epopeia dos Descobrimentos. O Infante D. Henrique, nomeado pelo Papa como Regedor da Ordem de Cristo, viria a instalar-se no castelo de Tomar.
Foi elevada à categoria de cidade em 1844, tendo sido visitada pela Rainha D. Maria II no ano seguinte.
Tomar é hoje conhecida não só pelos seus monumentos fabulosos, dos quais se destaca o Convento de Cristo, mas também pelas suas potencialidades turísticas que proporciona a visita de inúmeras edificações históricas, relíquias arqueológicas, passeios pelos seus frondosos e frescos jardins e também ao longo do rio Nabão.

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Convento e Capela de Nossa Senhora da Esperança - Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores (Portugal).

24.03.18 | TZLX

Intimamente ligado ao culto do Senhor Santo Cristo dos Milagres, o convento e a capela foram construídos em 1545. Alterações posteriores foram efectuadas, nomeadamente a curiosa torre quadrangular com várias ordens de janelas.
No interior, de referir o altar-mor revestido a talha dourada e os painéis de azulejo.
O coro-baixo, revestido por azulejos historiados do séc. XVIII produzidos por António de Oliveira Bernardes, dá acesso à Capela dedicada ao Senhor Santo Cristo. A imagem do Santo Cristo encontra-se envolvida por um retábulo de talha dourada e faz parte de um valioso tesouro, um conjunto de jóias acumuladas desde o século XVIII, no qual se destaca a coroa de espinhos cravejada de diamantes e rubis, o ceptro, a cana e a espiga, o resplendor de ouro e prata e o relicário.

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Marialva [Aldeias Históricas de Portugal] - Mêda, Guarda (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A Aldeia de Marialva dista 7 Km da sede do concelho da Mêda, na margem esquerda da ribeira de Marialva. É constituída por três núcleos distintos: a Cidadela ou Vila no interior do Castelo, agora despovoada; o Arrabalde que prolonga a Vila para além da zona amuralhada; e a Devesa, situada a sul da cidadela, que se estende pela planície até à ribeira de Marialva, e assenta sobre a antiga cidade romana.
De facto, as origens longínquas de Marialva parecem remontar ao tempo da antiga Cidade de Aravor, fundada pelos Túrdulos no séc. VI a.C. Este castro, situado numa eminência rochosa sobranceira aos campos da Devesa, foi o principal núcleo da comunidade dos Aravos, sendo conhecido por Castro dos Aravos.
Com a chegada dos Romanos o nome alterou-se para Civitas Aravorum, que foi reconstruida no tempo de Adriano e Trajano, tendo sido um importante ponto de confluência e cruzamento de vias, entre as quais a Via Imperial da Guarda a Numão. Os Godos instalaram-se também no monte, primeira ocupação cristã, mudando-lhe o nome para S. Justo. A esta ocupação seguiram-se os Árabes que terão dado à cidadela o nome de Malva, que reconquistada por D. Fernando Magno de Leão em 1063, lhe chamou Marialva.
Despovoada pelas lutas da Reconquista, D. Afonso Henriques mandou-a repovoar e concedeu-lhe o primeiro foral (1179). D. Sancho I reconquistou-a em 1200, altura em que o povoado extravasou a cerca amuralhada, formando-se assim o Arrabalde que apresenta uma malha urbana de traçado predominantemente medieval, onde proliferam igrejas, capelas, casas quinhentistas e senhoriais, a par de um conjunto de habitações rurais com características típicas da casa beirã. D. Dinis, que criou a Feira em 1286, e D. Manuel, que lhe concedeu Foral Novo (1512), procederam a obras no castelo, transformando Marialva numa das mais imponentes e fortes praças de guerra do reino.
Dada a localização fronteiriça de Marialva - e estimulada pela Feira (dia 15 de cada mês) que concedia diversos privilégios aos moradores e feirantes - iniciou-se no séc. XIII a fixação de judeus, cujo número aumentou durante o reinado de D. Manuel formando mesmo uma judiaria.
D. Afonso V deu o título de Conde de Marialva a D. Vasco Coutinho (1440), que se destacara nas campanhas militares do Norte de África; mais tarde passou a marquesado por mercê de D. Afonso VI (1675), tendo sido primeiro Marquês de Marialva D. António Luís de Menezes, terceiro Conde de Cantanhede, pelo seu papel decisivo na Revolução de 1640.
Em 1855 foi suprimido o concelho de Marialva, que passou a englobar o de Vila Nova de Foz Côa. Em 1872, Marialva foi incorporada no concelho de Mêda.

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Piódão - Aldeia Histórica de Portugal

24.03.18 | TZLX

A aldeia de Piódão, situa-se numa encosta da Serra do Açor. As habitações possuem as tradicionais paredes de xisto, tecto coberto com lajes e portas e janelas de madeira pintadas de azul. O aspecto que a luz artificial lhe confere, durante a noite, conjugado pela disposição das casas, fez com que recebesse a denominação de “Aldeia Presépio”. Os habitantes dedicam-se, sobretudo, à agricultura (milho, batata, feijão, vinha), à criação de gado (ovelhas e cabras) e em alguns casos à apicultura.

 

 

 

 

 

Algar do Carvão - Ilha Terceira, Açores (Portugal).

24.03.18 | TZLX

O Algar do Carvão está situado na zona central da ilha Terceira, a 583 m de altitude. Foi classificada como “Monumento Natural Regional” dadas as suas peculiaridades vulcanológicas, bem como a sua importância em termos ambientais. A boca do algar dá passagem a uma conduta vertical com cerca de 45 m de desnível. Depois de uma rampa, constituída por um depósito de gravidade, há novo desnível na vertical que termina numa lagoa de águas límpidas, a cerca de 90 m de profundidade relativamente à boca do algar. Esta lagoa, que é alimentada por águas das chuvas, atinge uma profundidade máxima da ordem de 15 m e seca quase completamente no Verão, em anos de pouca precipitação.
A formação de estalactites e estalagmites de sílica amorfa são porventura as estruturas mais exuberantes, raras e belas existentes neste algar e nas cavidades vulcânicas dos Açores. Estas estalactites de cor branca revestem uma parte importante do tecto e das paredes do algar. Sobressai ainda a presença de bolhas de gás, estalactites lávicas cónicas e estalactites de sílica e limonite.
O notável e rico povoamento vegetal que recobre o cone, a sua cratera e uma parte substancial da conduta vulcânica inclui algumas espécies endémicas dos Açores. Há ainda a presença de muitas espécies de animais invertebrados, com realce para a aranha cavernícola Turinyphia cavernicola que apenas ocorre nesta cavidade e outras espécies troglóbias como: Lithobius obscurus azorae, Pseudosinella ashmoleorum, Trechus terceiranus.
De assinalar ainda a presença de várias espécies de briófitos incluídos na Lista Vermelha de Briófitos da Europa (ECCB), como a Alophosia azorica, Calypogeia azorica, e outras.

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Praça da República [Igreja da Lapa] – Braga (Portugal).

24.03.18 | TZLX

A Praça da República, popularmente referida apenas como Arcada, localiza-se na freguesia de São José de São Lázaro, no centro histórico da cidade de Braga, no distrito de mesmo nome, em Portugal.
Constitui-se numa praça que se abre entre os largos de São Francisco e Barão de São Martinho e as avenidas Central e da Liberdade.
A praça foi aberta em fins da Idade Média. O nome Arcada deve-se à arcada ali existente, erguida por iniciativa de D. Rodrigo de Moura Teles em 1715, no mesmo lugar de outra, anterior, que remontava à época de D. Diogo de Sousa. Era aqui, desde fins do século XVI, que eram comercializados os géneros que abasteciam a cidade. Entre 1761 e 1904 denominou-se largo da Lapa e, entre 1904 e 1910, largo Hintze Ribeiro. Finalmente, com a implantação da República Portuguesa (1910), a praça recebeu a atual designação. O espaço foi transformado em jardim público em meados do século XIX, tendo as obras do atual edifício da arcada, com projeto do engenheiro municipal Joaquim Pereira da Cruz, sido concluídas em 1885.
A mais recente intervenção no espaço da praça teve lugar entre junho de 1994 e julho de 1995, quando lhe foi retirado o trânsito de superfície e implantada uma fonte luminosa.
Na praça localizam-se a Igreja da Lapa, o Banco de Portugal e dois cafés emblemáticos da cidade, ambos já centenários, o Café Vianna e o Astória.

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Praias da Costa Vicentina - Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (Portugal).

24.03.18 | TZLX

O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina estende-se por uma faixa estreita do litoral, Costa Sudoeste, entre S. Torpes e Burgau, com uma extensão de 110 km, sendo a área total de cerca de 131 000 ha. A Costa Sudoeste como é denominada, por vezes, esta zona, corresponde a uma zona de interface mar-terra com características muito específicas que lhe conferem uma elevada diversidade paisagística, incluindo alguns habitats que suportam uma elevada biodiversidade, tanto florística como faunística.
A rede hidrográfica da Costa Sudoeste é constituída por cursos de água pertencentes à bacia hidrográfica do rio Mira e à bacia hidrográfica do Barlavento Algarvio constituída, por alguns sistemas atípicos temporários, para a sustentação de elevado número de espécies da flora e da fauna, incluindo algumas espécies de peixes prioritárias e endémicas. As suas galerias ripícolas constituem um habitat relevante para a migração de passeriformes transharianos bem como para a alimentação e refúgio de várias espécies de mamíferos. Mas, não mais importantes, são alguns estuários com as suas zonas de nursery para várias espécies de peixes, como habitat privilegiado de alimentação, repouso e nidificação para aves migradoras.
No que respeita aos aspetos económicos, destaca-se o setor primário, ligado à atividade agrícola e à pecuária. Grande parte da área encontra-se ocupada por terrenos agrícolas, maioritariamente por sistemas e culturas tradicionais, com exceção da área ocupada pelo Perímetro de Rega do Mira, onde a disponibilidade de água tem permitido a reconversão e intensificação dos sistemas produtivos.

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Políptico da Charola do Convento de Cristo. Tomar

24.03.18 | TZLX

 

Rafael Moreira[ refere uma verba de pagamento a Jorge Afonso em 5 de Novembro de 1513 respeitante a "oito arrates de óleo e vermelhã e de zarcão para as grades da obra" registada no Livro da Despesa das Obras do Convento de Tomar. Deste e de outros pagamentos a outros artífices deduziu R. Moreira que Jorge Afonso levara para Tomar uma equipa de mesteirais.

 

Redol e Outros consideram que se Jorge Afonso fosse o responsável geral da obra os pagamentos pela Coroa deveriam ter sido feitos a ele (que a seguir pagaria aos outros artífices), mas consideram que tal não invalida que o referido Jorge Afonso fosse o pintor régio cuja presença em Tomar está documentada em 1512.:16

 

A partir de 1530 Frei António de Lisboa é encarregado por D. João III da reforma da Ordem de Cristo, e no âmbito das suas atribuições decide proceder à reforma da Charola e do Convento tendo chamado mestres estrangeiros, nomeadamente Reimão d´Arras e Francisco Lorete que trabalharam no restauro dos quadros grandes da Charola, no qual participou também Fernão Roiz, pintor privativo do Convento. :20

 

Os quadros da Charola foram novamente repintados entre 1573-75 por Fernando Roiz para "acordar as cores novas das velhas, em todos os painéis que hão mister ... e desassentar muitas vezes os painéis e os tornar a pôr e pintar de novo algumas figuras que estavam apagadas", conforme confirmou o pintor Simão de Abreu avaliador desta tarefa. Simão de Abreu trabalhou mais tarde com Domingos Vieira, entre 1592-95, numa nova campanha de repintura.

 

Em meados do século XVIII, o Convento de Cristo estava bastante arruinado, tendo D. Maria I decidido a realização de obras de restauro da estrutura incluindo retoques das pinturas, com a recomendação de nada se alterar.

 

Em 1836, após a extinção das ordens religiosas, a pintura do Convento de Cristo foi integrada na Academia de Belas Artes onde eram péssimas as condições de conservação. Em relatório de 1869 aponta-se a completa ruína dos mais preciosos exemplares das escolas estrangeiras e portuguesa e a falta de conservação adequada e de higiene da maioria dos quadros, tendo o Estado em 1879 arrendado o Palácio das Janelas Verdes para nele instalar o Museu Nacional de Arte Antiga e as pinturas antigas mais valiosas.:

 

O Conde de Tomar, proprietário então de boa parte do Convento de Cristo, e a Câmara Municipal da então vila diligenciaram para o regresso das pinturas ao Convento, o que não ocorreu logo porque D. Maria II havia decidido o seu restauro que decorreu entre 1852-1855 e mais tarde entre 1861-67.

 

1940 foi o ano da exposição "Os Primitivos Portugueses", integrada nas comemorações do oitavo centenário do estado e da nação portugueses, onde tiveram expostos Ressurreição de Lázaro, Jesus e o Centurião e Entrada de Jesus em Jerusalém. É um ano marcante para a história e para o conhecimento da pintura portuguesa antiga dado que a exposição e o seu catálogo elaborado com a direcção de Reynaldo dos Santos gerou a consciência do valor desse património tanto na comparação com a pintura europeia sua contemporânea como pelas relações que com esta manteve e pela especificidade que demonstrava.

 

Podendo considerar-se como corolário da exposição de 1940, o historiador Myron Malkiel-Jirmounsky (1890-1974) publica em 1941 Problèmes des Primitifs Portugais em que referindo que os pintores em Portugal pintam em parceria contrariando a expressão artística individual emergente, avança sobre as influências estrangeiras referindo que "sobre um fundo tratado à italiana, aparecem os rochedos que fazem pensar na escola de Colmar e as figuras cujas cabeças atestam o sfumato lombardo".

 

Ainda sobre os quadros grandes da Charola, Malkiel-Jirmounsky, em Vers une méthode dans les études des "primitifs portugais" de 1942, refere que "são de um estilo, ou antes, de estilos completamente diferentes".

 

A crítica destas obras foi continuada por Luís Reis Santos e por George Kubler e Martin Soria que mantendo a abertura para a possibilidade de participação de mais de um pintor no conjunto, ou até mesmo em quadros individuais, vão mais longe a atribuem a Jorge Afonso, ou ao "presumível Jorge Afonso" como refere Reis Santos em 1966.

 

Estes autores procedem também a uma ligação entre a série de Tomar e o Políptico do Convento da Madre de Deus e o de Setúbal, com base numa caracterização mais lacta por parte de Reis Santos e mais desenvolvida por Kubler e Soria.

 

Kubler e Soria comparando as pinturas de Tomar e as da Madre de Deus, referem que as seis pinturas de Tomar, impressionantes pela sua monumentalidade, foram criadas à volta de 1510, porque um dos quadros da série da Madre de Deus tem a data de 1515, e sendo o autor de ambas as séries o mesmo, pois as semelhanças entre elas são esmagadoras, a da Madre de Deus é posterior.:

 

Numa visão estruturalista actualizada, Kubler e Soria acabam por esquecer a datação tradicional dos quadros de Tomar obtida indirectamente a partir das datas documentadas do programa escultórico e de talha.:

 

Para Redol e Outros, em 1991 verifica-se um novo contributo importante para a crítica das pinturas grandes de Tomar com a dissertação de José C. C. Teixeira. Nesta obra ainda não publicada, Cruz Teixeira faz uma análise aprofundada das obras de pintura portuguesa dos séculos XV e XVI com uma metodologia de raiz estruturalista.:

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Castelo Almourol

24.03.18 | TZLX

Com uma localização muito sui generis, no meio de uma pequena ilha no rio Tejo, o castelo de Almourol está assente sob uma construção romana. Foi reconstruído sob a ordem de Gualdim Pais, em 1171, e após a reconquista cristã e a extinção da Ordem dos Templários, perdeu a sua função militar e o interesse estratégico, tendo sido, por isso, abandonado.
De planta quadrangular, o castelo divide-se em dois recintos: o recinto exterior, com as cortinas de muralhas reforçadas por nove torres circulares; e o interior, com a torre de menagem de três andares. As muralhas são defendidas por merlões e seteiras quadradas. Embora não muito devastado pelo tempo, já não é possível observar a fisionomia medieval do castelo que outrora possuía. (Monumento Nacional)

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Lendas

 

Várias histórias populares exacerbam o romantismo associado ao castelo templário, entre as quais:

 

  • Nos primeiros tempos da Reconquista, D. Ramiro, um cavaleiro cristão, regressava orgulhoso de combates contra os muçulmanos quando encontrou duas mouras, mãe e filha. Trazia a jovem uma bilha de água, que, assustada, deixou cair quando lhe pediu de beber rudemente o cavaleiro. Enfurecido, acabava de tirar a vida às duas mulheres quando surgiu um jovem mouro, filho e irmão das vítimas, logo aprisionado. D. Ramiro levou o cativo para o seu castelo, onde vivia com a própria esposa e filha, as quais o prisioneiro mouro logo planeou assassinar em represália. Entretanto, se à mãe passou a ministrar um veneno de acção lenta, acabou por se apaixonar pela filha, a quem o pai planeava casar com um cavaleiro de sua fé. Correspondido pela jovem, que entretanto tomara conhecimento dos planos do pai, os apaixonados deixaram o castelo e desapareceram para sempre. Reza a lenda que, nas noites de São João, o casal pode ser visto abraçado no alto da torre de menagem e, a seus pés, implorando perdão, o cruel D. Ramiro. (in: PINHO LEAL, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de. Portugal antigo e moderno: diccionário geographico, estatistico, chorographico, heráldico, archeológico, histórico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande número de aldeias… (12 vols.). Lisboa: 1872 e segs.)
  • Um senhor árabe de Almourol foi atraiçoado pelo cavaleiro cristão por quem a sua filha se apaixonou, e a quem esta revelou os segredos de entrada no castelo. O cavaleiro usou a informação para fazer uma emboscada e o emir e a sua filha preferiram lançar-se das muralhas ao rio a ficarem em cativeiro.
  • O heróico cavaleiro Palmeirim foi acometido por uma grande tempestade que forçou o navio em que viajava, da Inglaterra para Constantinopla, a arribar na costa portuguesa, fundeando no rio Douro. Desembarcando na cidade do Porto, o cavaleiro tomou ciência das aventuras de alguns cavaleiros que tinham travado combate com o gigante Almourol, que em seu castelo a meio do rio Tejo custodiava a bela princesa Misaguarda e suas damas. Em busca de aventuras, o Palmeirim se desloca para o sul, onde, à margem do Tejo avista à distância o Castelo de Almourol. Aproximando-se, vê o fim da luta entre dois cavaleiros numa praça junto do castelo, reconhecendo no vencedor o Cavaleiro Triste, com o qual já duelara. Em sinal de vitória, o Cavaleiro Triste junta o seu escudo ao de outros, que também já a haviam obtido. Neste escudo encontrava-se retratada a sua dama, a bela princesa Misaguarda, por quem o Palmeirim fica enamorado. Travando-se o combate entre o Palmeirim e o Cavaleiro Triste, cai a noite, encerrando a luta sem um vencedor. O Cavaleiro Triste é recolhido ao castelo para tratar de suas feridas, enquanto que o Palmeirim vai procurar auxílio em uma aldeia próxima. Nem um, nem outro, entretanto, alcançam o favor da princesa, que aconselha o primeiro a se retirar e desistir de novos combates por um ano, enquanto que o Palmeirim retoma o seu caminho para Constantinopla. Após esse feito, o gigante Almourol foi atacado e vencido por outro gigante, Dramusiando, sob a proteção do qual ficam, doravante, a bela princesa e sua corte

Estação de Campanhã

24.03.18 | TZLX

Principal estação do Norte do país, recebendo todo o tráfego proveniente das linhas do Norte, Minho e Douro e dos itinerários suburbanos que nela convergem. Localizada na parte oriental da cidade, foi inaugurada em 1877, e é a estação com maior fluxo de passageiros do Porto. Dispõe de serviços Internacionais, Alfa Pendular, Intercidades, Interregionais, Regionais e Urbanos, permitindo ligações a diversos destinos do país e estrangeiro. Possui interface com autocarro, metro e serviço de táxis. Dispõe de parque de estacionamento, Gabinete de Apoio ao Cliente, bilheteira, máquinas de venda automática, WC, sala de espera, cacifos, telefones públicos, multibanco, serviço de aluguer de automóveis e cafetaria. Nesta estação poderá também adquirir títulos Andante.

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Estação de São Bento (Porto)

24.03.18 | TZLX

Considerada uma das mais bonitas do mundo, a estação de São Bento, no Porto, foi inaugurada a 5 de Outubro de 1916. Motivo para relembrar em sete factos a sua história, o seu presente e o seu futuro

 

  1. Obra de Santa Engrácia

 

A construção de S. Bento, no local onde se encontrava o mosteiro de São Bento de Ave Maria, não foi fácil. Era preciso prolongar a linha de Campanhã, longe do centro da cidade e com um elevado movimento de passageiros e mercadorias. O plano de construção para a nova estação foi apresentado em 1887, sofreu sucessivos adiamentos e só em 1896 começou a funcionar de forma provisória e sem gare.

 

  1. Arquitetura

 

O projeto da estação terá começado em Paris, quando Marques da Silva escolheu o tema Gare Central para o seu trabalho de fim de curso. Ainda hoje ninguém fica indiferente à fachada de influência francesa, estilo Beaux Arts, sendo uma das obras mais notáveis do arquiteto do Porto.

 

  1. Os azulejos

 

O átrio está coberto por 20 mil azulejos Arte Nova, produzidos na Fábrica de Sacavém, da autoria do pintor Jorge Colaço. A maioria relata acontecimentos históricos: do lado esquerdo, o Torneio de Arcos de Valdevez (séc. XII), a apresentação de Egas Moniz com a mulher e os filhos ao rei de Leão (séc. XX); do lado direito, a entrada de D. João II no Porto para celebrar o seu casamento com D. Filipa de Lencastre (séc. XIV) e a conquista de Ceuta pelo Infante D. Henrique (séc. XV).

 

  1. Partidas e chegadas

 

Em 1953, era o terminal de comboios Foguete e Rápido do Porto (que partiam de Lisboa). Hoje serve, sobretudo, os comboios urbanos do Porto (linhas do Minho, Douro, Braga, Guimarães, Marco de Canaveses e Aveiro).

 

  1. A estação (também) é um palco

 

Habituada a ser cenário de filmes e séries televisivas, a estação de S. Bento é, muitas vezes, palco de concertos-supresa, como aconteceu, em 2014, com os britânicos James, que ali atuaram, gratuitamente, antes dos concertos de Guimarães e Lisboa.

 

  1. Os prémios

 

Em 2001, foi nomeada pela revista americana Travel+Leisure como uma das 16 estações mais bonitas do mundo, ao lado da neoclássica Gare du Nord (Paris), de Atocha (Madrid) ou da estação neogótica de S. Pancras (Londres). Em 2014, o projeto de reabilitação dos painéis de azulejos recebeu o prémio Brunel, um dos mais prestigiados na arquitetura ferroviária.

 

  1. O futuro

 

Um plano apresentado no início deste ano pela Infraestruturas de Portugal, proprietária da estação portuense, prevê a construção de um hotel e áreas comerciais e culturais, com o objetivo de “valorizar as estações de comboio”. A cafetaria Jeronymo, aberta em meados de setembro último, já faz parte desta nova vida de S. Bento.

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