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Mais Portugal Turismo

Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

Mais Portugal Turismo

Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

Igreja de São Francisco, Évora, Portugal

07.04.21 | TZLX

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A Igreja de São Francisco em Évora é linda. Antiga. Histórica. Importante. A Igreja de São Francisco em Évora me causou forte impressão quando eu entrei. Por fora, não parece uma igreja, ao contrário disto assemelha-se mais com um pequeno castelo. Por dentro, seus tijolos cinzas e adornos a tornam intensa. Quando visitamos a Igreja de São Francisco em Évora cantos gregorianos ecoavam por todos os seus poros seculares.

Construída entre 1480 e 1510 a Igreja de São Francisco possui estilo gótico. Contudo, é nítida a belíssima influência manuelina em sua estrutura. Constituída por dez suntuosas capelas laterais, onde os azulejos dão o toque final de beleza e identidade portuguesa.

O altar, em formato de caixas empilhadas é magnífico. Impressiona. A nave principal está ricamente decorada. O dramaturgo Gil Vicente, considerado pai do teatro português, está enterrado aqui. Bom, pelo menos é o que dizem por aí.

Em seus tempos mais áureos foi alçada à condição de Capela Real. Estamos então na época do Rei D. Afonso V (1432 – 1481), cuja corte se instalava no convento sempre que visitava a bela cidade de Évora. Contudo, foi com D. Manuel I (1469 – 1521) que a Igreja de São Francisco alcançou a grandiosidade que encontramos hoje.

Durante as guerras napoleônicas no início do século XIX a cidade foi invadida pelas tropas francesas que saqueou a igreja, levando seus tesouros. O assalto dos franceses ao convento foi extremamente violento, causando muitas mortes.

Neste mesmo século XIX, o convento foi demolido. Já então estava caindo aos pedaços por conta da extinção das ordens religiosas. Para nossa imensa sorte, a igreja sobreviveu!

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A Igreja de São Francisco em Évora está localizada na lindinha Praça 1º de Maio.  Está aberta todos os dias exceto 1 de Janeiro; Domingo de Páscoa; 24 de Dezembro à tarde; 25 de Dezembro. No verão (1 de Junho a 30 de Setembro) 9:00 às 18:30 (última entrada); no inverno (1 de Outubro a 31 de Maio) 9:00 às 17:00 (última entrada).

Bilhete único para visitar a Capela dos Ossos, o Núcleo Museológico e a Coleção de Presépios: 4,00 euros para adultos e 3 euros para jovens até 25 anos.  Famílias: 2 adultos mais jovens pagam 10 euros.

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Gare do Oriente [Parque das Nações] - Lisboa (Portugal).

07.04.21 | TZLX

A Gare do Oriente, também conhecida como Gare Intermodal de Lisboa (GIL) ou Estação Ferroviária de Lisboa - Oriente, é uma das estações ferroviárias e rodoviárias mais importantes em Lisboa, em Portugal. Projetada pelo arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, ficou concluída em 1998 para servir a Expo'98, e, posteriormente, o Parque das Nações.
O complexo inclui uma estação do Metropolitano de Lisboa (designada Oriente) no primeiro nível e um espaço comercial e uma estação rodoviária (tanto local como de médio/longo curso) nos dois níveis seguintes, sendo os dois últimos níveis ocupados pela estação ferroviária, servida pela CP com comboios suburbanos e por serviços de médio e longo curso

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Capela dos Ossos (Évora)

07.04.21 | TZLX

Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos. Esta é a macabra mensagem que pode ser encontrada na fantástica Capela dos Ossos, em Évora.

Um dos símbolos de Évora, a Capela dos Ossos encontra-se no interior da Igreja de São Francisco e foi construída no século XVII.

As paredes forradas com ossos e caveiras – estimadas em 5000 – pretendem transmitir a mensagem da transitoriedade da vida. No século XVI, havia 42 cemitérios monásticos na cidade. Ocupavam um espaço muito grande, e pensava-se em um modo de aproveitar essa área para outros fins.

A solução dos franciscanos, criativa e sinistra, foi extrair da terra os ossos e usá-los para erguer e “decorar” uma capela. Calcula-se o uso dos ossos de mais de cinco mil monges, entre crânios, tíbias, vértebras e fémures, dispostos nas paredes, nas colunas e no teto, em macabra arquitectura, desenhando ornamentos. A capela é formada por três naves, com as luzes entrando por três frestas à esquerda.

As paredes e os oito pilares são revestidos de ossos ligados por cimento pardo. As abóbadas são pintadas com motivos alegóricos à morte. Logo na entrada, o visitante encontra os dizeres “NÓS OSSOS QUE AQUI ESTAMOS PELOS VOSSOS ESPERAMOS”. É uma referência a um dos objetivos dos monges com a construção: “sirva de consolação a uns e de notícia à curiosidade doutros”. Evidencia-se, enfim, a transitoriedade da vida.

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Picadeiro Real de Belém [edifício antigo do Museu dos Coches] - Lisboa (Portugal).

07.04.21 | TZLX

Criado por iniciativa da Rainha D. Amélia de Orleães e Bragança, mulher do rei D. Carlos I, o Museu dos Coches Reaes como então se chamava, foi inaugurado no dia 23 de Maio de 1905. D. Amélia, senhora de grande cultura, toma consciência do valor patrimonial das viaturas de gala da Casa Real e com o apoio de Monsenhor Joaquim Boto, Cónego da Patriarcal de Lisboa e do Conselho do Rei e do seu Estribeiro-Mor, Tenente-coronel de Cavalaria Alfredo Albuquerque, propõe-se reuni-lo, salvaguardá-lo e apresentá-lo ao público à semelhança do que acontecera, pela primeira vez em Paris em 1900, na Exposição Universal.
O local escolhido para a sua instalação foi o Picadeiro Real de Belém que deixara de ser utilizado e onde, à época, já se encontravam armazenadas algumas das principais viaturas da corte e para onde a rainha fez convergir os antigos carros nobres da Casa Real Portuguesa e respectivos acessórios, património que se encontrava disperso pelos vários depósitos e cocheiras dos palácios reais. Da primitiva colecção faziam parte 29 viaturas, fardamentos de gala, arreios de tiro e acessórios de cavalaria, utilizados pela Família Real.
Após a implantação da Republica, em 1910, o Museu passa a designar-se por Museu Nacional dos Coches e o seu espólio foi enriquecido com outros veículos da Coroa, do Patriarcado de Lisboa e de algumas casas nobres.
Hoje o Museu reúne uma colecção que é considerada única no mundo devido à variedade artística das magníficas viaturas de aparato dos séculos XVII, XVIII e XIX, e ao número de exemplares que integra. De entre os veículos expostos destacam-se coches, berlindas, carruagens, seges, carrinhos de passeio, liteiras, cadeirinhas e carrinhos de criança formando um interessante conjunto que permite ao visitante compreender a evolução técnica e artística dos meios de transporte utilizados pelas cortes europeias até ao aparecimento do automóvel. Completam a colecção, um núcleo de arreios de tiro, arreios de cavalaria, selas, fardamentos de gala, de armaria e acessórios de cortejo setecentistas, de que se destaca um conjunto de trombetas da Charamela Real bem como uma galeria de retratos a óleo dos monarcas da Dinastia de Bragança.
[Fonte: Museu dos Coches, IP]

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Fotocomposição de autor não identificado

Castelo de Leiria – Leiria (Portugal).

07.04.21 | TZLX

Monumento emblemático da história da cidade e do país, a configuração actual do castelo de Leiria resulta de quatro grandes períodos interventivos: o Românico do século XII; o Gótico dionisio, da primeira metade do século XIV; Gótico joanino, de inícios do século XV, e as correntes restauradoras de finais do século XIX e primeira metade do século XX.
Pouco sabemos acerca das primeiras obras do castelo. A sua relevância militar, numa zona de transição entre Coimbra e Lisboa, determinou a construção de um dos principais redutos defensivos do tempo de D. Afonso Henriques, mas a verdade é que o que hoje podemos observar é muito mais fruto de campanhas posteriores. A torre de menagem, de robusta secção quadrangular, é disso um exemplo, tendo sido iniciada apenas em 1324, em pleno final de reinado de D. Dinis.
A dinastia de Avis escolheu este castelo como um dos principais monumentos simbólicos da sua autoridade e poderio. O paço de D. João I é uma construção exemplar, de grande rigor construtivo e estético. Impõe-se sobre a muralha medieval, que aproveita como parede e alicerce, e organiza-se em quatro andares, de estudada racionalidade e operatividade. Os dois pisos inferiores, destinados a arrecadações e serviços domésticos, praticamente não se vislumbram do exterior, ocultados pela robusta massa pétrea do castelo. Os dois superiores possuem tal impacto visual que se assumem como imagem de marca do próprio castelo e, até, da cidade.
Destinados à família real e às recepções por si patrocinadas, são um dos mais impressionantes conjuntos de arquitectura palaciana de carácter real que nos chegaram da Idade Média. Na face virada ao burgo, sobre a muralha, uma ampla e muito restaurada loggia, de oito arcos de capitéis geminados, foi concebida como espaço de lazer e de convívio, aproveitando a panorâmica sobre a cidade (BARROCA, 2002, p.95). Para esta loggia acedia-se através de uma sala de cerca de 130m2, designada por Aula Régia ou Salão Nobre, espaço destinado, pelo monarca, à audiência e recepção. Contrapondo-se à loggia, um vestíbulo antecedia a entrada nesta sala, formando-se, assim, uma primeira linha de simetria do conjunto.
Um segundo eixo de simetria era formado pelas dependências extremas do paço, destinadas aos quartos de dormir e de privacidade da família real, dotados de andar superior (que formavam duas torres harmónicas na silhueta do conjunto) e providos de lareiras e latrinas (VIEIRA DA SILVA, 1995, p.121).
Do paço à capela palatina acedia-se por um passadiço. Essa capela não era mais que a igreja de Nossa Senhora da Pena, ou de Santa Maria do Castelo, o primeiro templo da cidade, documentado logo na década de 40 do século XII (GOMES, 1995, p.187) e que, no reinado de D. João I, foi totalmente refeita. É um pequeno templo, de nave única, com alto arco triunfal apontado, capela-mor poligonal relativamente iluminada e entrada principal lateral, enquadrada por um gablete.
A obra da igreja revela grande homogeneidade para com a do paço e constitui um dos monumentos de referência da arte gótica de inícios do século XV, ao reflectir fielmente os esquemas estéticos do grande monumento dessa centúria: o Mosteiro da Batalha. Com efeito, são muitas as características batalhinas que aqui encontramos, desde a semelhança da capela-mor para com os absidíolos de Santa Maria da Vitória, os capitéis vegetalistas a dois registos e de folhagem exuberante, até às marcas de canteiro, a maioria repetindo outras da Batalha (GOMES, 1995, p.205).
No reinado de D. Manuel, fizeram-se obras no templo, como o prova a flora e perfil das mísulas que suportam a abóbada da sacristia, mas os séculos seguintes caracterizaram-se por um progressivo abandono de toda a estrutura militar leiriense. Na segunda metade do século XIX, quando Ernesto Korrodi pertendeu intervir no conjunto, grande parte do complexo medieval estava em ruína e a sua feição actual data das grandes campanhas restauradoras conduzidas nos anos 40 do séc. XX.
[Fonte: PAF - Direção-Geral do Património Cultural]

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