Rio Nabão
Afluente da margem direita do rio Zêzere. Nasce na região centro, no lugar dos Olhos de Água, e segue para sul entrando na região de LVT através do limite nascente do município de Ourém. Cruza o sitio da rede natura 2000 Sicó-Alvaiázere e atravessa todo o concelho de Tomar, passando pela cidade e desaguando no rio Zêzere, no limite deste concelho.
Além da cidade de Tomar, o rio passa junto aos aglomerados de Pedreira, Carvalhos de Figueiredo e Santa Cita, incluídos neste município.A cerca de dez quilómetros de Tomar, localizado na União de Freguesias de Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais, já no município de Ourém, importa destacar o sítio do Agroal, nascente perene de grande caudal que alimenta o Rio Nabão. O Agroal possui a maior exsurgência do Rio Nabão, que brota de calcários do jurássico médio com um caudal na ordem dos 1.000 l/s e uma temperatura média de 16ºC. Esta nascente é muito apreciada pelas suas águas frias, com fama de serem termais. (Site da CM de Ourém)
Associado a esta ocorrência encontra-se o Parque Natureza do Agroal, inserido no sitio da rede natura 2000 Sicó/Alvaiázere, cujo principal objetivo é sensibilizar a sociedade para a importância da conservação da natureza, dando a conhecer, através das atividades do Centro de Interpretação Ambiental do Agroal e Alto Nabão e dos percursos pedestres, a geologia, a flora e a fauna do local. No espaço exterior do parque existe ainda um jardim interpretativo, com a vegetação característica do local, e um espaço de lazer com parque de merendas e zona de apoio. (Site da CM de Ourém: ver mais aqui)
Na cidade de Tomar, destaca-se ainda a zona sob a designação de Levada de Tomar, onde se encontra um conjunto edificado com um relevante horizonte cronológico, desde o período medieval, passando pela época moderna, até à época contemporânea. A sua origem remonta aos finais do século XII e, com uma sucessão complexa de contextos espaciais e tecnológicos, a sua actividade de carácter industrial manteve-se até finais do século XX (e, numa das unidades oficinais daquele conjunto, manteve-se até ao início do século XXI). Este conjunto edificado é contiguo ao rio Nabão.
A localização geográfica e o enquadramento urbanístico do sítio, intrínsecos à razão de ser e à funcionalidade técnica, produtiva e económica dos equipamentos ali sucessivamente implantados ou adaptados ao longo dos séculos, confere-lhe uma especial qualidade paisagística, em pleno centro histórico da cidade, onde melhor se dá a ler a permanente interacção do homem com o meio, assim como a evolução da ocupação do espaço e das formas de habitar o território. Com uma disposição integrada em relação ao rio Nabão e à estrutura do açude e da levada (a norte e a poente), destacam-se os edifícios de antigos moinhos e lagares (que eram alimentados pela energia potencial da água, através de rodas hidráulicas verticais ou de rodas horizontais), duas antigas fábricas de moagem (testemunhando o uso quer da energia hidráulica, quer da energia eléctrica) e uma central elétrica. (Site da CM de Tomar: ver mais aqui)
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