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Mais Portugal Turismo

Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

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Nosso intuito é divulgar Portugal de forma a torná-lo ainda mais conhecido por nossa gente, e internacionalmente através da sua história, arquitetura, gastronomia, belezas naturais e manifestações culturais.

Castelo do Magriço

21.11.21 | TZLX

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sendo também conhecido como Castelo de Penedono.

O castelo de Penedono

Apesar de ser relativamente pequeno em relação a outros castelos portugueses, a sua arquitectura específica, de misto de fortificação medieval com residência senhorial, remete a imaginação imediatamente para o típico castelo dos contos de fada e para cavaleiros a sair e a entrar dos seus portões.

O Castelo é altamente carismático, e eleva-se de forma altiva sobre Penedono, sendo a zona imediatamente nas imediações do castelo verdadeiramente reminiscente de uma época medieval. Devido à sua forma icónica, é alvo de imensas reconstituições históricas, encontrando-se no seu exterior réplicas de catapultas e balísticas usadas nas reconstituições, e de instrumentos de aprisionamento e tortura medieval no seu interior.

Apesar da sua configuração actual ter como origem a manutenção e remodelação no séc. XIV por ordens de D. Fernando, o castelo original precede a formação de Portugal, e a sua reedificação (indicando uma possível encarnação anterior de origem incerta) é documentada pela primeira vez no contexto da Reconquista Cristã por acção do Reino de Leão no séc. X, de forma a funcionar como fortificação defensiva contra ataques mouros. No entanto, durante o séc. XI, devido ao avanço e recuo constante de forças cristãs e mouras, o castelo foi andando de mão cristã em mão moura, até que com o estabelecimento do Reino de Portugal, o castelo cai em mãos portuguesas, e aí se fixa, tendo sido o alvo da atenção de famosos monarcas portugueses como D. Sancho I, D. Afonso II ou D. Dinis, atenção essa que também levou ao repovoamento de Penedono, visto que a posição do castelo era estrategicamente importante para a defesa das fronteiras nacionais, ironicamente em relação ao reino de Leão que em tempos teve o castelo na sua posse.

Forte lendário

O nome do castelo está associado com o seu passado lendário, derivado de Álvaro Gonçalves Coutinho, ou como é mais conhecido, o Magriço, um cavaleiro descendente de uma linhagem de alcaides do castelo, que se imortalizou pela sua referência nos Lusíadas como herói da narrativa dos Doze Pares de Inglaterra, uma narrativa exemplificativa dos ideais de cavalaria que tiveram o seu expoente máximo na Europa com o romance Arturiano, mas que encontram também expressão no poema épico de Camões.

A associação do castelo aos ideais de cavalaria e à fantasia medieval, tal como ao seu passado militar, é ainda fortalecida por lendas sobre pedras na base do castelo cuja cor avermelhada é devido ao sangue de mouros derrotados, assim como por lendas de tesouros escondidos por mouras encantadas nas suas imediações. Para quem tem a imaginação povoada pelo imaginário medieval, o Castelo do Magriço é uma visão que parece directamente tirada de um romance de cavalaria, mas que é real e enriquece o património da Beira Alta.

Castelo de Porto de Mós

21.11.21 | TZLX

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Dá para perceber que o Castelo de Porto de Mós foi fortaleza pelo sítio estratégico onde se encontra empoleirado, mas também que foi casa apalaçada pelo seu inegável valor estético.

Sentinela de Porto de Mós

Para quem vem de sul, dos ziguezagues da Serra de Aire e Candeeiros, Porto de Mós é uma excelente forma de fazer ponto final às curvas e contracurvas. Há uma guinada à direita, quase em cotovelo, que nos deixa com a vista destapada para norte, e, por uns momentos, ficamos com o castelo bem centrado no horizonte. Há que descer até ficarmos ao nível do casario da vila, e depois tornar a subir por ruas estreitas em direcção ao topo de uma pequena elevação que serve de vigia à povoação, e já o servia antes sequer desta fortificação lá estar, na altura em que a Ibéria era romana.

O que sobressai é a fachada, virada para a vila e para a abertura que as encostas fazem ao longe, e que é balizada por dois torreões com cúpulas singulares, de telhado em forma de pirâmide quadrangular e cobertos de cerâmica verde. É esse verde brilhante, como se de louça lavada a detergente se tratasse, que o distingue dos demais castelos portugueses. Vale a pena entrar e olhar este tejadilho de perto, subindo à muralha principal – as visitas podem ser feitas em horário normal, de manhã e pela tarde, fechando para almoço e também às segundas-feiras. Das janelas dignas de palácio desenhadas na pedra, conseguimos ver os primeiros esboços do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, a sul. Atravessando o castelo, nas muralhas virada a norte e a oeste, a planura contrasta com o que vimos do lado oposto, há cinco minutos atrás – são as terras que se alongam até chegarem a essas duas obras-primas de afirmação soberana: o Mosteiro da Batalha e o Mosteiro de Alcobaça, a casa de Pedro e Inês. A planta é pentagonal mas mais parece quadrada – uma das torres originais já desapareceu e o vértice onde se encontrava é muito pouco acentuado, dando a ideia errada de que o castelo conta com quatro paredes externas, apenas.

Como sempre, trata-se de uma construção árabe mais tarde conquistada pelo exército cristão, desta feita com a ajuda desse homem que é presença assídua no lendário popular português: Dom Fuas Roupinho. Foi ele que por lá ficou, enquanto alcaide, quando todo o território aquém Tejo já estava do lado cristão. Mais tarde, o Castelo de Porto de Mós foi oferecido a outra grande referência das lendas da zona do Oeste: a Rainha D. Isabel, mulher de D. Dinis, provavelmente o melhor rei que este país viu nascer.

O Castelo de Porto de Mós é ponto de partida para alguns dos episódios mais importantes na história de Portugal, uns mais verosímeis que outros, mas nenhum deles olvidável. Daqui partiu Dom Fuas para a caça que se tornou pano de fundo ao milagre da Nazaré, que, segundo crença, aconteceu no pontão que separa a actual Praia da Nazaré da sua Praia do Norte. Partindo para um exemplo mais real, foi também dentro destas muralhas que Nun’Álvares Pereira planeou e definiu a estratégia que seria responsável pela vitória improvável na Batalha de Aljubarrota. É bom lembrarmo-nos disto enquanto por lá passeamos, porque desconhecendo o seu passado um monumento não passa de pedra. Só depois, quando o ímpeto de conquista vindo de Castela terminou e toda a linha defensiva do interior português ficou sem a sua função de sentinela defensiva, se partiu para o ornamento das suas paredes e divisões internas, transformando-o num pequeno palacete com influências renascentistas