Chaminés típicas algarvias - Algarve (Portugal).
Cilíndricas ou prismáticas, quadradas ou rectangulares, simples ou elaboradas, as chaminés algarvias são um símbolo da região, fruto da influência de cinco séculos de ocupação árabe.
No Algarve não havia duas chaminés iguais, porque os motivos decorativos dependiam sempre dos dias de construção e das posses do proprietário. Aliás, era costume entre os mestres pedreiros perguntar quantos dias queriam de chaminé, para avaliar o valor do trabalho. Quanto mais delicada e difícil a sua elaboração, mais dispendiosa se tornava. A cor predominante era o branco da cal, mas existem honrosas excepções, sobretudo em ocres e azuis.
Mais do que pura utilidade, as chaminés tinham um valor ornamental. A chaminé de uso, e também a mais simples e funcional, ficava na divisão onde se faziam as refeições, enquanto a chaminé rendilhada, mais pequena e personificada, ocupava um lugar de destaque na cozinha, onde apenas se recebiam visitas.
Em termos práticos, a chaminé era considerada um sinal de presença de pessoas, um bom indício do estado do tempo, e o local onde era marcada a data de construção da casa.
O interior do Algarve, especialmente Querença, Martinlongo e Monchique, são os locais onde melhor se podem contemplar estas seculares chaminés, símbolos da arte popular, prova da perícia do pedreiro e motivo de orgulho para qualquer proprietário.